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Feira de hannover

- Publicada em 23 de Abril de 2018 às 22:18

Acordo comercial encaminhado em Hannover pode refletir no Brasil

Comitiva gaúcha percorreu os estandes para conferir de perto as últimas novidades em automação

Comitiva gaúcha percorreu os estandes para conferir de perto as últimas novidades em automação


/JEFFERSON KLEIN/especial/jc
Se o tão esperado acordo de relações de livre comércio com a União Europeia não chegou ainda ao Sul da América, o acerto está perto de ocorrer no Norte, mais precisamente no México. O assunto deve ser concretizado em breve e foi o principal assunto durante o encontro da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, durante a feira de tecnologia industrial de Hannover. A perspectiva do consenso entre esses países anima as esperanças dos brasileiros presentes no evento na Alemanha, em especial a do presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que o mesmo ocorra com o Mercosul.
Se o tão esperado acordo de relações de livre comércio com a União Europeia não chegou ainda ao Sul da América, o acerto está perto de ocorrer no Norte, mais precisamente no México. O assunto deve ser concretizado em breve e foi o principal assunto durante o encontro da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, durante a feira de tecnologia industrial de Hannover. A perspectiva do consenso entre esses países anima as esperanças dos brasileiros presentes no evento na Alemanha, em especial a do presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que o mesmo ocorra com o Mercosul.
Apesar de Merkel e Nieto encontrarem-se no domingo durante a cerimônia oficial de abertura do encontro em Hannover, a feira efetivamente começou para os quase 5 mil expositores ontem, dia em que o presidente da Fiergs (organizadora da missão de empresas brasileiras a Hannover) aproveitou para circular pelos corredores dos 27 pavilhões do evento. O conjunto desses espaços chega a cerca de 500 mil metros quadrados - o que é mais do que todo o parque da Redenção, em Porto Alegre.
Sobre o tema envolvendo México e Alemanha, Petry considera os avanços nesse campo como algo positivo e espera que o Mercosul siga o mesmo caminho. O empresário recorda que, no 35º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), realizado no ano passado, na capital gaúcha, os alemães manifestavam o interesse que o Mercosul acertasse logo o acordo com a União Europeia. "Se esperava que acontecesse até dezembro, e não ocorreu até agora, até por pressão dos Estados Unidos, segundo se consta, que quer atrapalhar as negociações", destaca.
De acordo com o presidente da Fiergs, um acordo entre União Europeia e Mercosul seria particularmente benéfico para o Rio Grande do Sul, devido à posição geográfica do Estado e aos produtos que a região apresenta vocacionados para exportação. Sobre o momento da economia nacional, o dirigente espera que, neste ano, comece uma retomada, mas faz a ressalva que a questão eleitoral, devido ao cenário de incerteza que acaba sendo gerado, é algo que preocupa.
Petry esteve de aniversário ontem, coincidentemente fazendo 70 anos, praticamente a mesma idade da feira de Hannover, iniciada em 1947. O empresário, que também é presidente da companhia Weco, visita o evento há mais de 30 anos. O mandatário da Fiergs salienta que na feira são apresentadas as grandes novidades industriais do mundo. O dirigente lembra que assim foi com a energia eólica, a computação e o hidrogênio como combustível, por exemplo.
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Evento apresenta oportunidades para diversos segmentos da economia gaúcha

Neste ano, 24 empresas gaúchas estão participando do evento, buscando gerar novos negócios ao Brasil

Neste ano, 24 empresas gaúchas estão participando do evento, buscando gerar novos negócios ao Brasil


JEFFERSON KLEIN/especial/jc
Na edição deste ano do encontro em Hannover, é possível conferir tópicos como veículos elétricos e autônomos, robôs com elevado grau de precisão, softwares dos mais diversos tipos e, algo muito comum, os processos conectados em rede das mais diversas formas. O encontro é uma verdadeira "torre de Babel", na qual é possível ouvir os mais diversos idiomas.
O estande da delegação brasileira fica, por exemplo, ao lado do espaço do Tartaristão, um integrante da federação russa. Mas, como ocorre em outros acontecimentos internacionais, há alguns anos, a presença chinesa é maciça e um dos maiores destaques. Além de acompanhar as inovações nos estandes da feira, a delegação brasileira vai realizar visitas em unidades de empresas como Volkswagen, Mercedes-Benz e Benteler (que, entre outras atividades, atua na área de peças para o setor automotivo).
Os interesses das 24 empresas gaúchas que vieram acompanhando a missão são os mais variados. O diretor administrativo da AGST Controles e Automação, Christian da Fonseca Garcia, adianta que a meta é acompanhar o que está sendo apresentado hoje no mundo no setor tecnológico e analisar o que pode ser aproveitado de experiência para a empresa porto-alegrense.
Já a Doled, incubada na Universidade Regional do Noroeste do Estado (Unijuí), busca conhecimento de mercado. Operando no segmento de iluminação, o sócio-proprietário da companhia João Fernando Weber revela que está no plano de negócios começar a exportar alguns produtos e que a feira serve para colher mais informações. O sócio-diretor da DLR Automação, de Caxias do Sul, Rodrigo Dalongaro enfatiza que a feira tem foco na Indústria 4.0, a quarta revolução industrial, e que a ideia é melhorar a produtividade e a qualidade da empresa.