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Agronegócios

- Publicada em 19 de Abril de 2018 às 08:47

Pedro Parente aceita assumir conselho da BRF

Parente (foto) foi indicado por Abilio Diniz como seu substituto

Parente (foto) foi indicado por Abilio Diniz como seu substituto


/HEULER ANDREY/DIVULGAÇÃO/JC
A disputa pelo comando da BRF parece ter chegado ao fim. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, aceitou substituir o empresário Abilio Diniz à frente da conselho de administração da líder do mercado de alimentos processados no Brasil.
A disputa pelo comando da BRF parece ter chegado ao fim. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, aceitou substituir o empresário Abilio Diniz à frente da conselho de administração da líder do mercado de alimentos processados no Brasil.
Parente teve seu nome indicado pelo próprio Abilio, buscando acordo para o impasse, e recebeu apoio tanto de aliados do empresário, caso do fundo Tarpon, como de seus adversários, os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil).
Em nota, Parente, que permanece presidente da Petrobras, disse que, se sua eleição for confirmada em assembleia de acionistas da BRF no dia 26 de abril, renunciará ao comando do conselho da B3, que controla a Bolsa de São Paulo. Ele só pode ocupar uma posição do tipo fora da Petrobras.
O conselho de administração é um colegiado que define as diretrizes de uma empresa de capital aberto e supervisiona sua aplicação. Aprova nomes da direção e convoca assembleias para votar mudanças importantes em uma companhia. 
O consenso de acionistas em torno de seu nomeseria a condição básica de Parente. O martelo deverá ser batido aindahoje durante reunião do conselho de administração. A notícia fez a ação da BRF subir 9,51% na Bolsa. Os papeisforam a R$ 23,00, ante os R$ 70,00 que chegaram a valer em 2015.
Com a decisão de Parente, o fundo britânico Aberdeen, que tem 5,02% da BRF, retirará seu pedido de voto múltiplo e uma chapa única será apresentada aos acionistas no dia 26. A montagem dessa chapa é o obstáculo para que o acordo prospere, já que há divergências entre acionistas, como a manutenção do presidente-executivo da BRF, o aliado de Abilio José Drummond.
O Aberdeen havia feito o pedido na semana passada, obrigando que todos os 10 nomes do conselho fossem aprovados individualmente - o que deixaria o grupo de Abilio (ele tem 3,92% da empresa, e o Tarpon tem 7,26%) com dois representantes. Petros e Previ (22% das ações da empresa) haviam pedido a substituição de Abilio devido ao prejuízo recorde de R$ 1,1 bilhão em 2017.
A BRF também sofre ameaça de veto à venda de seu frango na Europa como decorrência da Carne Fraca. Além disso, houve problemas de gestão que levaram à saída do presidente-executivo da empresa, Pedro Faria.
Os fundos haviam indicado para presidir o colegiado Augusto Cruz, presidente do conselho da BR Distribuidora. Já Abilio tentava emplacar o nome de Luiz Fernando Furlan, herdeiro da Sadia.

Governo libera BRF para retomar exportações

Oito unidades da companhia poderão voltar a vender para a Europa

Oito unidades da companhia poderão voltar a vender para a Europa


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
O Ministério da Agricultura liberou ontem a produção e a certificação sanitária de unidades da BRF para a empresa retomar as exportações de aves do Brasil para a União Europeia (UE).
Entre as unidades liberadas pelo despacho publicado nesta quarta-feira estão as fábricas situadas em Concórdia, Chapecó e Nova Veneza (SC), Serafina Corrêa e Marau (RS), Dourados (MS), Rio Verde (GO), e Francisco Beltrão (PR).
A unidades de Nova Mutum (MT) e Capinzal (SC), que também estavam com as certificações suspensas, não aparecem na lista de unidades liberadas.
O governo havia interrompido em março a produção e certificação sanitária de produtos de aves da BRF exportados para a União Europeia.
A suspensão ocorreu depois de a BRF ter sido alvo da operação Trapaça, uma nova fase da Carne Fraca, realizada pela Polícia Federal (PF). A empresa brasileira, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi acusada de fraudar laudos de controle de salmonela.
Na terça-feira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, emitiu nota em que informa que o Brasil irá recorrerá à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a postura adorada pela União Europeia para descredenciar frigoríficos da BRF como exportadores de carne de aves para países do bloco. Segundo o ministério, "trata-se de uma questão comercial, e não sanitária, pois o Brasil atende a todas as exigências dos europeus nos aspectos sanitários".
O ministro destacou medidas adotadas pelo ministério para retirar qualquer influência política e dar maior transparência aos processos de fiscalização de um ano para cá. Maggi lembrou que a preocupação com a presença de salmonela alegada no bloco não tem justificativa técnica, uma vez que é possível exportar cortes de frango in natura para os países da comunidade europeia, com proibição para apenas dois tipos da bactéria, desde que seja paga tarifa adicional de € 1.024,00 por tonelada.