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Cultura

- Publicada em 19 de Abril de 2018 às 16:11

Cia de Dança de Porto Alegre estreia espetáculo Caverna

Cia Municipal de Dança de Porto Alegre estreia Caverna

Cia Municipal de Dança de Porto Alegre estreia Caverna


FERNANDO MUNIZ/MOOVART/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
"Jogamos com o amor, deboche, verdade, surrealismo, transe e comportamento coletivo, em busca de uma humanidade melhor, de coração aberto para mundo", antecipa o coreógrafo Rafael Gomes, a respeito do espetáculo Caverna. O projeto foi montado por ele especialmente para a Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, com direção-geral de Airton Tomazzoni e direção artística de Paula Amazonas.
"Jogamos com o amor, deboche, verdade, surrealismo, transe e comportamento coletivo, em busca de uma humanidade melhor, de coração aberto para mundo", antecipa o coreógrafo Rafael Gomes, a respeito do espetáculo Caverna. O projeto foi montado por ele especialmente para a Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, com direção-geral de Airton Tomazzoni e direção artística de Paula Amazonas.
A estreia acontece hoje à noite, no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº), a partir das 21h. A atividade tem duração de 45 minutos, classificação indicativa livre e ingressos por valores entre R$ 10,00 e R$ 40,00. As entradas podem ser adquiridas antecipadamente pelo site do teatro.
São 13 bailarinos em cena. Os artistas são vistos em um panorama que possui como objetivo transportar os espectadores para a atmosfera das cavernas, consideradas os primeiros refúgios da humanidade. A montagem aposta em tons de púrpura, remetendo a um espaço feito de ametista, pedra associada à elevação da espiritualidade e à proteção contra energias negativas.
"Caverna é um grande sonho meu, essa paixão pela cor lilás", destaca Rafael Gomes, carioca radicado em Bruxelas. O coreógrafo analisou todas as vertentes envolvendo a cor para desenvolver o trabalho. O figurino, por exemplo, assinado por ele, Paula Amazonas e Liane Venturella, também trabalha com variações do tom. Para chegar a um resultado que não fosse nem um uniforme e um traje ilustrativo demais sobre o contexto da obra, foram realizadas combinações de peças, uma pesquisa em brechós, e coloração minuciosa - além de uma etapa de arremate fino, com ajustes de costuras.
De acordo com Tomazzoni, a ideia era colocar os participantes em um lugar onde outras possibilidades sejam viáveis. "Todos os conflitos estão ali, mas há um rastro de esperança. Ele (o coreógrafo) é bem otimista nesse sentido de reconhecer a dificuldade, os tempos por que estamos passando, mas enxergar que existe um traço de humanidade que pode reverter essas coisas."
O espetáculo foi proposto à Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre pelo próprio Rafael Gomes, que acompanhava a trupe pelas redes sociais. Em meio a uma das conexões Brasil-Europa, entrou em contato com Paula Amazonas, e a iniciativa passou de sonho a projeto. O carioca ficou cerca de três semanas na capital gaúcha, com os dançarinos, no fim do ano passado. "Trabalhamos completamente a desconstrução do corpo, mantendo uma estética da técnica, que é uma das coisas que a direção prioriza dentro da cia. Os bailarinos vêm fazendo um preparo com trabalho diário de balé clássico, contemporâneo e teatro", descreve ele, que já atuou em companhias como Deborah Colker e São Paulo Cia de Dança, e volta à Capital para conferir a estreia.
Conforme Tomazzoni, o idealizador da montagem trouxe desafios para a companhia gaúcha. "No sentido de tirar os bailarinos de sua zona de conforto e ter de resolver movimentos ou sequências coreográficas a partir de outra perspectiva", explica, citando que a Municipal de Porto Alegre até então vinha realizando performances desenvolvidas por expoentes locais. "É um momento importante para nós", reflete ele. O coletivo foi criado em 2014 e realizou 11 montagens desde então: é um trabalho em começo de desenvolvimento, assim como Rafael Gomes está dando seus primeiros passos como criador, apesar da bagagem técnica e expressiva.
Para embalar o projeto, a trilha sonora de Caverna conta com utilização de fragmentos de percussão e vocais de artistas israelenses, de trabalhos de Steve Reigh, grande nome da música minimalista, e até do clássico pop Purple rain, de Prince - em referência ao conceito da peça. Já o elenco inclui Andressa Pereira, Cecilia Cherem Castilho, Driko Oliveira, Everton Nunes, Fernando Queiroz, Juliana Coutinho, Kleo di Santys, Leonardo Moreira, Mauricio Miranda, Pamela Agostini, Paula Finn, Stephanie Cardoso e Victória Terragno.
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