Duas semanas completadas desde a prisão do ex-presidente Lula (PT). Não se vislumbra nenhuma catástrofe ou comoção generalizada que cause apreensão ao ambiente democrático. Tirando uma estocada aqui, outra ali, protagonizadas pela "presidenta" do PT ou pelos líderes de invasões de terras, estradas ou apartamentos, o clima geral é tranquilo. A resignação demonstrada pela sociedade à prisão de Lula confirma a expectativa de que os infratores sejam punidos. E ponto. A punição dos corruptos é uma conquista da sociedade, pregada e defendida pelo próprio PT desde os tempos em que ainda não alcançara o poder. Trata-se de um novo padrão ético que não deve sofrer retrocesso em função de rivalidades partidárias ou interesses particulares. Num País com tantas necessidades e desigualdades, o dinheiro público não pode servir para vaidades dos agentes públicos ou para a perpetuação criminosa do poder. A luta contra a corrupção teve um episódio importante. Mas está longe do fim. A sociedade deve estar atenta para que o ciclo continue, em nome de um futuro melhor para todos nós. (Luis Augusto Fialho de Fialho, Porto Alegre)
Camelôs
Pobres lojistas do Centro Histórico. Pagam altos impostos e tem suas vitrinas tapadas e calçadas ocupadas por camelôs. Precisam ter equipamentos e planos contra incêndio, mas, tomara que não ocorra nenhum sinistro. Porque, do jeito que está, o caminhão do Corpo de Bombeiros não terá acesso e não chegará a tempo de combater as chamas. Aliás, como estamos no país da impunidade e da irresponsabilidade, só restará, como sempre, chorar pelas vítimas, se houver. Oremos pelo Senhor! (Sérgio Becker, Porto Alegre)
Monopólio?
Anda, vira e mexe e lá vem a acusação de que temos um monopólio na televisão do Brasil. Como assim? Pelo que sei, eu e dezenas de milhões de brasileiros, temos quatro grandes redes. A que está em primeiro lugar na preferência do público, segundo as pesquisas, não obriga ninguém a sintonizá-la. Como está na liderança, há anos que tem muitos anúncios, inclusive, e principalmente, de empresas públicas, é claro. Então, assiste quem quer. Quem não quer, que mude de canal... (Martha Camboim, Porto Alegre)
Perigos da internet
Cada vez mais pessoas se envolvem em brigas virtuais na internet. Colocam, ou melhor, "postam" suas ideias de maneira clara, mas, às vezes, grosseiramente criticando o "outro lado da política". Aí vem a reação e começa um bate-boca. Talvez, agora, um "bate-escrita", mas virtual. Acabam com ameaças contra e a favor, como no caso do cinema da Cidade Baixa aqui na Capital. É um novo ciclo da sociedade, a briga virtual! (Mauro de Alencar, Porto Alegre)