Sofia Schuck

Designer não só cria como também produz manualmente todas as peças e divulga nas redes sociais

Artesã erra o material para cortina, transforma em colar e define sua carreira

Sofia Schuck

Designer não só cria como também produz manualmente todas as peças e divulga nas redes sociais

Talento, curiosidade e dedicação. Essas foram as três peças chaves que a designer Caroline Teixeira apostou para criar a sua marca. Natural de Canoas, desde criança já costurava as roupinhas para suas bonecas. E junto a esse dom, outro acontecimento: aquele famoso erro que gerou um acerto. Foi em um certo dia, há 17 anos, quando a designer tinha o desejo de fazer uma cortina de miçangas para a sua casa, mas acabou comprando as peças erradas. “Fiz o primeiro fio e ficou pesadíssimo. Foi aí que peguei as peças e enrolei no pescoço e ficou um colar lindo”, conta. Desde então, ela iniciou a produção de colares, brincos, anéis e pulseiras e vende pela capital.
Talento, curiosidade e dedicação. Essas foram as três peças chaves que a designer Caroline Teixeira apostou para criar a sua marca. Natural de Canoas, desde criança já costurava as roupinhas para suas bonecas. E junto a esse dom, outro acontecimento: aquele famoso erro que gerou um acerto. Foi em um certo dia, há 17 anos, quando a designer tinha o desejo de fazer uma cortina de miçangas para a sua casa, mas acabou comprando as peças erradas. “Fiz o primeiro fio e ficou pesadíssimo. Foi aí que peguei as peças e enrolei no pescoço e ficou um colar lindo”, conta. Desde então, ela iniciou a produção de colares, brincos, anéis e pulseiras e vende pela capital.
Mas a produção das bijus não foi sempre como é hoje. No início, quando Carol tinha 25 anos, ela apenas montava as bijus e vendia na universidade onde cursava História e em algumas lojas parceiras. Foi só sete anos depois, em 2010, que ela formalizou a marca “Carol Clio”, com peças e pingentes exclusivamente artesanais e com produção em pequena escala. Ou seja, todas feitas com todo o cuidado, uma por uma, à mão. E esse é o grande diferencial da marca, que tem como identidade registrada a flor ou mandala de couro. “Não me enxergava apenas como montadora, queria criar. Unindo a quantidade de tecidos que eu tinha com a vontade de querer produzir com minhas próprias mãos, a marca surgiu”, explica.
As bijus se encaixam em sete coleções: Casulo, Chili, Espanhola, Hidrocor, Mandala, Mínima e Tropicália. As peças variam de R$ 28,00 (mais simples) a R$ 198,00 (mais sofisticada da coleção tropicália).
A marca une conceitos de sustentabilidade, sofisticação e ao mesmo tempo é descolada. “Muitos ligam a ideia do artesanal a aquele trabalho de vó, mais informal. Mas eu saio um pouco dessa lógica, pois as minhas peças são mais sofisticadas”, comenta. Em razão disso, seus clientes são principalmente mulheres em torno de 45 anos e que valorizam o artesanato. É também esse público-alvo que faz Carol Clio não ter concorrência. “Claro que há muitos profissionais que apostam nas bijus artesanais, mas é em um estilo mais jovem, geralmente presentes em briques e brechós. O meu foco já é mais clássico, o que torna meu trabalho original”, afirmou.
Todos os produtos são compostos por dois tipos de materiais: couro ou tecido. O conceito de sustentabilidade foi inserido na ideia da marca nos últimos anos pois a designer coleta todos os materiais em locais de descarte, em curtumes ou ateliês.
Atualmente, a designer vende cerca de 132 peças por mês e vive só dessa renda. Quem visita a sua casa, na rua Felipe de Oliveira, se depara com diversas opções de bijus penduradas em um mural. Ela preferiu abrir mão de disponibilizar seus produtos em lojas físicas e priorizou as vendas somente sob encomenda pelo site ou quando expõe em eventos.
Em um ano, ela participa, em média, de 15 feiras pelo Rio Grande do Sul. “De uns anos para cá, resolvi apostar na identidade visual e principalmente nas redes sociais. Hoje, além de criar, produzir e vender, eu também faço as campanhas de divulgação dos meus produtos.”
Ela também acredita que é esse seu posicionamento que tem gerado um melhor retorno, a ponto de alcançar um equilíbrio nas vendas de inverno e verão. “No inverno, complica um pouco mas ano passado eu mantive uma média e dobrei em relação aos últimos anos. Fiquei pensando: como que na crise eu consegui manter esse ritmo? Acredito que é trabalho de formiguinha que venho fazendo”, ressaltou.
LUIZA PRADO/JC
LUIZA PRADO/JC
LUIZA PRADO/JC
LUIZA PRADO/JC
LUIZA PRADO/JC
Sofia Schuck

Sofia Schuck

Sofia Schuck

Sofia Schuck

Leia também

Deixe um comentário