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- Publicada em 01 de Março de 2018 às 20:45

Preço da soja melhora, mas pode impactar custos da pecuária

Estiagem na Argentina derrubou produção local e aqueceu negócios por aqui

Estiagem na Argentina derrubou produção local e aqueceu negócios por aqui


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Com a certeza de quebra na safra de soja da Argentina e com as dúvidas pairando apenas sobre o tamanho da perda, as cotações do grão voltaram a animar os produtores no Brasil. De uma colheita de 58 milhões de toneladas no ciclo anterior, o país vizinho começou a atual safra projetando 57 milhões de toneladas, reduziu para 50 milhões e agora a perspectiva é de 44 milhões. A falta de chuva na região produtora é a pior dos últimos 50 anos, ressalta o diretor da corretora Brasoja, Antonio Sartori, destacando que, com isso, a cotação para o produtor, que há pouco tempo estava abaixo de R$ 60,00, hoje alcança em torno de R$ 67,00.
Com a certeza de quebra na safra de soja da Argentina e com as dúvidas pairando apenas sobre o tamanho da perda, as cotações do grão voltaram a animar os produtores no Brasil. De uma colheita de 58 milhões de toneladas no ciclo anterior, o país vizinho começou a atual safra projetando 57 milhões de toneladas, reduziu para 50 milhões e agora a perspectiva é de 44 milhões. A falta de chuva na região produtora é a pior dos últimos 50 anos, ressalta o diretor da corretora Brasoja, Antonio Sartori, destacando que, com isso, a cotação para o produtor, que há pouco tempo estava abaixo de R$ 60,00, hoje alcança em torno de R$ 67,00.
"Mas não tem como falar do futuro, porque, a partir de agora, especialmente se não chover na região, haverá mudanças dia a dia", ressalta. Como a Argentina tem seu plantio feito cerca de 30 dias após o Rio Grande do Sul, a colheita também é realizada mais tarde. E, portanto, está sujeita tanto a mais perdas como à estabilidade. Sartori, porém, ressalta que o movimento de alta dos preços dos grãos pode prejudicar setores como a avicultura e a suinocultura. Isso porque a alimentação dos animais é baseada, em grande parte, no farelo de soja, principal produto de exportação da Argentina.
"A quebra da safra é boa para uns e ruim para outros, como na criação de aves e suínos. O preço do farelo de soja utilizado para alimentar os animais já passou de R$ 1 mil a tonelada para R$ 1,3 mil", alerta o diretor da Brasoja. Com a alta nos custos, o que deverá vir em seguida é a elevação no preço de muitos alimentos e carnes, gerando o que Sartori define como "agroinflação". O movimento é contrário ao do ano passado, quando os alimentos seguraram a inflação, com prejuízo para o produtor. Apesar da estiagem que está afetando duramente a produção de soja na Argentina também impactar parte do Rio Grande do Sul, a região comprometida (a Metade Sul) tem menos produção e produtividade do que o Norte e o Noroeste do Estado, onde se encontra a maior parte das lavouras de oleaginosa.
Apesar de trabalhar com a perspectiva de perdas na Argentina um pouco menor do que Sartori, o consultor Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, concorda que é difícil projetar como se comportarão os preços até mesmo na próxima semana. Oliveira destaca que, apesar da alta, o fechamento de contratos futuros da atual safra ainda são inferiores ao ano passado. "Até o início de fevereiro, cerca de 32% da safra já estava negociada. No ano passado, o índice era de quase 38%. "Acredito que tenha produtores ainda esperando uma janela de 10 a 15 dias para ver se a cotação ainda sobe mais", avalia Oliveira.
De acordo com relatório divulgado pela Emater, o cenário da cultura é bastante distinto no Estado, dependendo da região. No Norte, de forma geral, o visual das lavouras chama a atenção pelo porte e carga de vagens, com bom potencial produtivo. Porém, segundo técnicos, a definição dessa produção se dará em função da regularidade das precipitações nas próximas semanas. Já segundo a Conab, em todo o Brasil, as boas condições climáticas têm favorecido a elevação da produção de soja, estimada em 111,56 milhões de toneladas, com o crescimento previsto na área de 3,3%.
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