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Varejo

- Publicada em 13 de Março de 2018 às 18:03

Vendas do varejo avançam 0,9% em janeiro, diz IBGE

Setor de supermercados, alimentos, bebidas e fumo cresceu 2,3%

Setor de supermercados, alimentos, bebidas e fumo cresceu 2,3%


FREDY VIEIRA/JC/FREDY VIEIRA/JC
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,9% de dezembro de 2017 para janeiro deste ano. A alta veio depois de uma queda de 0,5% de novembro para dezembro. O dado, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,9% de dezembro de 2017 para janeiro deste ano. A alta veio depois de uma queda de 0,5% de novembro para dezembro. O dado, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também foram registradas altas na média móvel trimestral (0,3%), na comparação com janeiro de 2017 (3,2%). O varejo cresceu 2,5% nos 12 meses encerrados em janeiro, melhor desempenho do setor desde novembro de 2014, quando o saldo positivo era de 2,6%.
De dezembro para janeiro, cinco dos oito segmentos do varejo tiveram crescimento, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%), e equipamento e material para escritório, informática e comunicação (3,7%).
Outros segmentos com alta foram supermercados, alimentos, bebidas e fumo (2,3%); tecidos, vestuário e calçados (0,9%); e livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%).
O resultado pode ser explicado pela melhora no rendimento da população e pela baixa inflação, aponta Isabella Nunes, gerente da pesquisa. "O aumento da massa de rendimentos reais e a redução sistemática dos preços na alimentação no domicílio foram os principais fatores para o desempenho positivo do setor."
Segundo Isabella, outro segmento impulsionado pela melhora nos rendimentos foi o de artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceu 10,5% - a categoria contempla lojas como de departamentos, joalherias, artigos esportivos e brinquedos.
Segundo a gerente da pesquisa, a trajetória de recuperação pode estar associada ainda à redução da taxa de juros e à maior disponibilidade de crédito para pessoas físicas.
Três segmentos tiveram queda no volume de vendas de dezembro para janeiro: combustíveis e lubrificantes (-0,3%); móveis e eletrodomésticos (-2,3%); e artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos (-2,5%).
O varejo ampliado, que também analisa os segmentos de veículos/peças e materiais de construção, no entanto, caiu 0,1%. Os veículos, motos, peças e partes cresceram 3,8%, mas os materiais de construção recuaram 0,2%.
A receita nominal do varejo cresceu 0,6% na comparação com dezembro de 2017, 0,4% na média móvel trimestral, 3,3% na comparação com janeiro de 2017 e 2,3% no acumulado de 12 meses.
Segundo o IBGE, o varejo ampliado também teve altas de receita nominal em todos os tipos de comparação temporal: de dezembro de 2017 para janeiro deste ano (0,2%), média móvel trimestral (0,7%), comparação com janeiro de 2017 (6,6%) e acumulado de 12 meses (3,9%).

Consumidor segue pessimista com a economia

O consumidor brasileiro ainda está pessimista com a economia, segundo o Indicador de Confiança do Consumidor, divulgado ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). O indicador somou 42,8 pontos em fevereiro, valor acima do observado em igual período do ano passado (41,4 pontos), mas ainda abaixo dos 50 pontos, o que indica pessimismo. Entre 50 e 100 pontos, o indicador passa a indicar otimismo com a economia.
O índice tem dois componentes: o indicador de condições atuais - que mostra o cenário atual da economia e que alcançou 32,4 pontos em fevereiro - e o de expectativas - que avalia o que os consumidores esperam para os próximos meses e que somou 53,2 pontos.
Segundo os dados, 74% dos brasileiros avaliam a situação atual econômica como ruim, enquanto apenas 4% a consideram ótima ou boa. Entre os que fazem uma avaliação negativa da economia, a maior parte cita o desemprego como principal razão para isso (64%), seguido pelos preços altos (60%) e as elevadas taxas de juros (38%). "A consolidação da volta da confiança é uma condição necessária para a retomada do consumo das famílias e dos investimentos entre os empresários, mas isso dependerá, fundamentalmente, do aumento de vagas de emprego e ganhos reais de renda, depois de um longo período de queda", disse o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.
Entre os 39% dos entrevistados que estão pessimistas com o futuro da economia, 66% apontam a corrupção como um dos principais fatores que atrapalham o desempenho do País, seguido pelo desemprego (mencionado por 46%) e a inflação fora do controle (32%). Já entre os 22% de otimistas, mais da metade (51%) não sabe justificar suas razões, enquanto 24% atribuem isso ao fato de que as pessoas estão consumindo mais e 22% apontam que o desemprego está caindo.