O ouro encerrou a sessão desta sexta-feira (9) em alta, em um dia dominado pelos efeitos do principal relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll.
A princípio, a notícia de que o país criou 313 mil empregos em fevereiro, muito acima do esperado, deu grande força ao dólar e aos juros dos Treasuries, fatores que pressionam negativamente a cotação do metal amarelo, que é visto como um ativo seguro em tempos de incerteza.
Mas esse movimento vendedor de ouro passou a ser amenizado pouco depois, quando pesou entre investidores a percepção de que a desaceleração do aumento salarial nos EUA, apontada pelo mesmo relatório, sinaliza uma inflação sob controle e, assim, diminui a perspectiva de um ritmo mais acelerado de elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Para o presidente da corretora Blue Line Futures, Bill Baruch, o crescimento salarial mais fraco nos EUA pode pressionar o dólar e dar suporte ao ouro se o Fed tiver de continuar sendo cauteloso com o ritmo de aumento de juros básicos. "Ainda estou muito otimista em relação ao ouro e acho que abril será um mês muito forte (para a commodity)", afirmou.
Na Comex, divisão de metais de Nova Iorque Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para abril teve alta de US$ 2,30 (+0,17%), a US$ 1.324,00 a onça-troy. No acumulado da semana, o preço da commodity subiu US$ 0,60 (+0,05%), interrompendo uma sequência de duas baixas semanais seguidas. Fonte: Dow Jones Newswires