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Economia

- Publicada em 06 de Março de 2018 às 23:50

Reforma da Previdência é unanimidade entre empresários

Para Nunes, taxas de crescimento são tímidas; Kieling destaca modernização trabalhista

Para Nunes, taxas de crescimento são tímidas; Kieling destaca modernização trabalhista


Fotos Jackson Ciceri e Ivo Gonçalves/JC
Jefferson Klein
Entre os diversos empresários e líderes de entidades representativas que circulavam ontem pelo Teatro do Sesi, em Porto Alegre, durante a apresentação dos resultados da 20ª edição da pesquisa Marcas de Quem Decide, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata, uma questão era ponto pacífico: a necessidade da reforma da Previdência. A medida é defendida por mandatários de instituições como Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), Sindilojas Porto Alegre e Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), entre outras.
Entre os diversos empresários e líderes de entidades representativas que circulavam ontem pelo Teatro do Sesi, em Porto Alegre, durante a apresentação dos resultados da 20ª edição da pesquisa Marcas de Quem Decide, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata, uma questão era ponto pacífico: a necessidade da reforma da Previdência. A medida é defendida por mandatários de instituições como Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), Sindilojas Porto Alegre e Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), entre outras.
O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, é um dos que considera a iniciativa como fundamental. "Se não fizer, o País quebra, independentemente de quem estiver no poder", projeta o presidente da Fiergs. Além dessa questão, o dirigente aponta os juros baixos, a inflação controlada e o crescimento da economia como fatores fundamentais para o desenvolvimento. Petry crê em um bom desempenho da economia para este ano. O empresário destaca que as previsões apontam para um crescimento de 3% do PIB nacional, o que deve ser acompanhado pela economia gaúcha. No entanto, o presidente da Fiergs faz a ressalva que o Rio Grande do Sul, no ano passado, foi favorecido pela supersafra, o que não deve se repetir em 2018. Em compensação, outros setores - como o metalomecânico - devem ficar aquecidos.
Já o presidente do Setcergs, Afrânio Kieling, enfatiza que o segmento logístico é o primeiro a sentir as oscilações da economia, e, para este ano, a perspectiva é otimista. O executivo percebe uma confiança maior do empresariado. Sobre a pauta política, Kieling ressalta que o governo de Michel Temer, apesar de apresentar baixos índices de aprovação, teve uma ação positiva com a reforma trabalhista, algo que, segundo o presidente do Setcergs, era necessário há muito tempo, mas os governantes, olhando as eleições, não tinham a coragem de fazer. Quanto à reforma da Previdência, o dirigente também considera que precisa ser feita. "Não estou dizendo que tem que cortar direitos adquiridos, mas tem que olhar para o futuro", defende Kieling.
O presidente da CMPC Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, concorda que é possível ter uma expectativa otimista quanto à economia brasileira neste ano. "Porém, é sempre importante considerar que todo esse crescimento cobre apenas parte de um buraco de depressão que tivemos lá atrás", argumenta o executivo. Nunes considera as taxas de crescimento muito pequenas para um país com o potencial do Brasil, que poderia chegar a um patamar de 6% ao ano. O dirigente vê a necessidade da reforma da Previdência como uma obviedade. "Todas as nações do mundo que não fizeram e tinham esse sistema como o nosso, assistencialista, insustentável economicamente, tiveram que adotar medidas amargas para se recuperar", adverte.
Sobre o cenário eleitoral deste ano, o presidente da CMPC Celulose Riograndense sustenta que os governantes eleitos precisam dar condições para o empreendedorismo no Brasil. Uma bandeira sugerida pelo dirigente é de mais uma reforma, a da educação. Quanto ao mercado de celulose, Nunes revela que o cenário é favorável, e a unidade de Guaíba da CMPC deve operar à plena capacidade neste ano, alcançando uma produção de aproximadamente 1,8 milhão de toneladas.
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