Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 05 de Março de 2018 às 13:15

PF diz que provas mais robustas de nova fase da Carne Fraca estão em e-mails da BRF

Agência Estado
O delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi Grillo, relatou nesta segunda-feira (5), que houve trocas de e-mails "bastante consistentes" entre executivos da BRF e técnicos, com o objetivo de burlar a fiscalização e a atuação do Ministério da Agricultura. Grillo está, em Curitiba (PR), para detalhar a Operação Trapaça, nova fase da Operação Carne Fraca, deflagrada em 17 de março do ano passado.
O delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi Grillo, relatou nesta segunda-feira (5), que houve trocas de e-mails "bastante consistentes" entre executivos da BRF e técnicos, com o objetivo de burlar a fiscalização e a atuação do Ministério da Agricultura. Grillo está, em Curitiba (PR), para detalhar a Operação Trapaça, nova fase da Operação Carne Fraca, deflagrada em 17 de março do ano passado.
Ele explicou que foi encontrada alteração do percentual limite de um tipo patológico. Por exemplo, a exigência legal de enquadramento era de 20%, mas foi analisada amostra com uma taxa de 70%. Segundo o delegado, a empresa não tomou cuidados sanitários em relação à contaminação do produto.
Além disso, foi constatada fraude na mistura da ração fornecida para frango, a chamada ração Premix. "Foram encontradas alterações no composto", relatou. "Não resta qualquer tipo de dúvida que houve fraude", disse. Grillo destacou que o Ministério da Agricultura foi parceiro da Polícia Federal, na investigação. "O trabalho em conjunto rendeu muitos resultados positivos", salientou.
O coordenador geral do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Alexandre Campos, afirmou que, em 2017, 12 países fizeram 410 notificações ao Brasil sobre a presença de salmonela em produtos importados do País. Em coletiva de imprensa da Polícia Federal (PF), Campos ressaltou que o principal problema das fraudes envolvendo laboratórios e estabelecimentos exportadores estava relacionado à presença ilegal da bactéria salmonela.
A salmonela, comum em carnes de aves, é permitida para comercialização até determinados níveis, porém, 12 países compradores a colocam como requisito restritivo para venda. De acordo com o delegado da PF, Maurício Moscardi Grillo, três empresas estão sendo fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura em parceria com a PF em busca de provas e outras sete estão sendo investigadas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO