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- Publicada em 12 de Março de 2018 às 17:57

Câmeras inúteis

Surpreendente revelação feita pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), ao presidente Michel Temer (PMDB), no recente encontro de prefeitos em Brasília.
Surpreendente revelação feita pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), ao presidente Michel Temer (PMDB), no recente encontro de prefeitos em Brasília.
Ele contou que Porto Alegre "é toda monitorada por milhares de câmeras que filmam tudo". Mas...
...Marchezan acrescentou que "essa tecnologia toda é inútil, porque a prefeitura não tem ninguém para o monitoramento das imagens em tempo integral, capaz de ver algo irregular e acionar a reação oficial".
Pior ainda: a médio prazo não há recursos para contratar ninguém.

Romance forense: O caixão das gavetas secretas


ESPAÇO VITAL/DIVULGAÇÃO/JC
Por Mauricio Antonacci Krieger, advogado (OAB-RS nº 73.357)
No leito da morte, Wilsom chama um de seus filhos a quem entrega uma carta. Nela pede que seu desejo, ali escrito, seja inteiramente atendido. Poucos minutos depois, o idoso morre. O filho abre o envelope e percebe - qual testamento - o desejo do pai em dividir a herança e... um pedido inusitado: ser sepultado em um caixão, com duas escamoteadas gavetas, que já mandara fazer e deixara pronto.
No testamento particular, breves instruções com um pequeno mapa sinalizando o local onde estavam escondidos US$ 5 mil; estes deveriam ser colocados dentro das duas gavetas do caixão excêntrico e fechadas com cadeados. Destes, as chaves deveriam ser jogadas no rio que margeia a cidade.
O documento insiste para que o desejo de última vontade seja cumprido, pois Wilsom era devedor dessa quantia para um irmão que falecera em 2010. No arremate, uma frase: "Quando eu chegar 'lá em cima' quero acertar as contas com o mano, fazendo as pazes, assim vivendo nós em harmonia eterna".
O filho segue as instruções do pai e o enterro acontece como o planejado: o provecto senhor é sepultado com os dólares dentro das duas gavetas do caixão. Uma semana depois, outro filho de Wilsom entra com ação judicial, requerendo a exumação para a retirada de todo o dinheiro, arrolando-o no inventário, para futura partilha. "Há necessidade de urgência na prestação jurisdicional, a fim de evitar o furto, visto que muita gente sabe da história", arremata a petição.
O filho que fizera o sepultamento do pai contesta. Alega que a última vontade do genitor vale mais do que a quantia enterrada. O caso, ainda sem definição judicial, está sendo analisado por uma Vara de Família gaúcha. Muitos duvidam que o dinheiro ainda esteja lá.
Na "rádio-corredor" forense, palpiteiros tenham adivinhar a futura decisão judicial - que poderá abrir precedentes para que muitos outros "pão-duros" também enterrem joias e pertences. Por enquanto, o administrador do cemitério exerce com lealdade suas funções de "fiel depositário do esquife e todo o seu conteúdo".
 

Dia D, Semana S

Esta semana talvez seja amarga para o senador Romero Jucá. Presidente nacional do PMDB, ele pode se tornar réu pela primeira vez no Supremo Tribunal Federal. A 1ª Turma pautou para hoje o julgamento de um dos inquéritos que tramitam na corte contra o senador - este por corrupção e lavagem de dinheiro.
Outros 12 inquéritos contra Jucá - por ora peRdidos de vista - aguardam na fila preferida por Madame Tartaruga. Entrementes o senador se diz "tranquilo".

O Dida falando...

Aldemir Bendine, que foi colocado pela presidente Dilma Rousseff (PT) no comando da Petrobras para "sanear" a estatal, está começando a contar em Curitiba (PR) os segredos financeiros e propineiros de sua temporada anterior, como presidente do Banco do Brasil.
Um advogado contou uma frase arrebatadora que escutou de Dida: "Depois que a caixa-preta do Banco do Brasil for aberta, vão ter que construir um presídio só para a gente envolvidas nessas fraudes".

Ode à honesta

A Construtora Norberto Odebrecht vai ser rebatizada - logo depois que estancar o tsunami difamatório de seus trambiques, conhecidos no mundo inteiro. Uma empresa de publicidade paulista já começar a amealhar ideias e estudar "bons nomes" para a troca.
Todavia ficará imutável o nome do Grupo Odebrecht, que reúne empresas de construção, química, petroquímica e energia, entre outros, presente em 21 países distribuídos pelo continente americano, na África, na Europa e no Oriente Médio.
Na "rádio-corredor" da OAB de Brasília corre o irônico rumor que o novo sugerido seria Construtora Ode. O prefixo "ode" tem tudo a ver - conforme os melhores dicionários - com "poema lírico com estrofes simétricas, de caráter entusiástico".

Das redes sociais

"Delfim Neto não 'ganhou' tornozeleira eletrônica porque a Justiça Federal e a Polícia Federal de São Paulo só têm modelitos pequenos, médios e grandes. Não dispõem de modelões extragrandes."
"O presidenciável Rodrigo Maia (DEM-RJ), o fofo, tenta se livrar de, no mínimo, 12 quilos. Agora, a única coisa que ele bebe é água."

1968 e 2018!...

Em 9 de março de 1968, o então ministro da Fazenda, Delfim Neto, ocupou uma quinta parte da primeira página do jornal O Globo, ao anunciar "novas metas financeiras e econômicas". Era para engordar os cofres da ditadura.
Exatos 50 anos depois, o mesmo Delfim ocupou - na semana passada - igual destaque nas primeiras páginas de dezenas de jornais, desta vez como alvo da Lava Jato. Não foi a primeira vez que ele foi associado a mutretas - mas Delfim prefere dizer que nunca foi condenado.
Verdade: durante a ditadura, não havia órgãos de investigação independentes. Além de censurar a imprensa, o regime militar sufocava as denúncias de corrupção.

Politicagem no STF

O juiz federal Marcelo Bretas, da Lava Jato no Rio de Janeiro, comentou no Twitter a pressão de caciques de três partidos (PT, PMDB e PSDB) contra as prisões após condenação em segunda instância.
"Prefiro acreditar que não há, em nosso Supremo, quem permita esse tipo de abordagem imoral ('influência no Judiciário'). Seria isso uma politicagem de baixo nível que desrespeitaria por completo a independência do Poder Judiciário, desonrando os envolvidos", escreveu ele.

Cela 13 ou 51?

A proximidade da possível prisão de Lula (PT) - que, especula-se, pode acontecer em fins de abril/início de maio - gerou um mal-estar entre a Polícia Federal e o Complexo Médico-Penal em Curitiba. Por causa da peculiaridade da situação, nenhum dos dois quer abrigar o ex-presidente.
Na Justiça Federal escuta-se porém, informalmente, que a preferência dos magistrados é a permanência de Lula na PF. Mas há um impasse: os policiais não querem colocá-lo na ala VIP, onde está o ex-ministro Antonio Palocci (PT).
Para a "rádio-corredor" da OAB do Paraná, a dúvida é saber se a cela será a 13, ou a 51?