Senado também aprova decreto de intervenção federal

Com maioria folgada, o Senado aprovou na noite de ontem, com 55 votos a favor, 13 contra e uma abstenção, o decreto do presidente Michel Temer que instituiu a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro. Na segunda-feira, em uma sessão que durou mais de sete horas e entrou pela madrugada de terça-feira, a Câmara aprovou a intervenção com 340 votos a favor, 72 contra e uma abstenção.

Assim como aconteceu na Câmara, onde a oposição tentou obstruir a votação com duras críticas à medida, ontem à noite senadores contrários à intervenção também se pronunciaram contra o projeto. A relatoria no Senado ficou a cargo do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), a pedido do próprio, que assumiu a vaga no lugar do prefeito do Rio, Marcelo Crivella. O parecer de Lopes era favorável à intervenção. O ministro da Defesa, Raul Jungman, circulou pelo plenário, acompanhando a votação.

"Eu vejo a intervenção como necessária e importante para o estado. Não dá para ver a sociedade vivendo uma paranoia, refém de um dia a dia de arrastões e assaltos. A intervenção é necessária e importante", disse Lopes.

O decreto de intervenção, assinado pelo presidente Michel Temer, chegou ao Congresso na última sexta-feira. O documento estabelece que a medida vai durar até 31 de dezembro de 2018, e tem como objetivo "pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no estado do Rio de Janeiro". Determina ainda a nomeação, para o cargo de interventor, do general do Exército Walter Souza Braga Netto, que também permanecerá à frente do Comando Militar do Leste (CML)