Réu na Lava Jato em um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda alvo de outras investigações, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTC-AL) utilizou a tribuna do plenário durante a sessão desta terça-feira para comunicar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
Em discurso de 20 minutos, ele ignorou as acusações, bem como o processo de impeachment que sofreu em 1992. Falou apenas sobre sua gestão na presidência, entre 1990 e 1992, e seus planos para tentar voltar ao comando do País.
Collor é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Segundo a denúncia, o grupo de Collor recebeu R$ 29 milhões em propina entre 2010 e 2014. Ele deixou a presidência em 1992 após um processo de impeachment sob acusação de corrupção, mas acabou absolvido anos depois pelo STF.
"Consegui índices econômicos favoráveis que permitiram a renegociação da dívida externa e o necessário lastro financeiro para a posterior implantação do Plano Real pelo meu vice-presidente, Itamar Franco, e seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Mantive em razoáveis níveis o equilíbrio fiscal das contas públicas. Consegui superávits na balança comercial e considerável aumento das reservas cambiais do País", disse.