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Opinião

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2018 às 15:46

Lava Jato: inspiração italiana para o Brasil

Pasquale Matafora
Alguém já falou que a Lava Jato era a esperada resposta da sociedade ao fenômeno da política corrupta e que o grupo de procuradores de Curitiba, comandado pelo juiz Sérgio Moro, iria resolver os problemas do Brasil. Moro já declarou que a inspiração de seu trabalho veio da Operação Mãos Limpas, na Itália, que resultou em milhares de políticos e empresários presos, além da queda da Primeira República. Vários partidos desapareceram, e pessoas que estavam no poder há décadas saíram de cena. No auge da operação, o procurador Antonio Di Pietro era ovacionado e, a cada prisão decretada, a nação vivia um momento mágico.
Alguém já falou que a Lava Jato era a esperada resposta da sociedade ao fenômeno da política corrupta e que o grupo de procuradores de Curitiba, comandado pelo juiz Sérgio Moro, iria resolver os problemas do Brasil. Moro já declarou que a inspiração de seu trabalho veio da Operação Mãos Limpas, na Itália, que resultou em milhares de políticos e empresários presos, além da queda da Primeira República. Vários partidos desapareceram, e pessoas que estavam no poder há décadas saíram de cena. No auge da operação, o procurador Antonio Di Pietro era ovacionado e, a cada prisão decretada, a nação vivia um momento mágico.
No Brasil, estamos vivendo algo similar e com métodos muito parecidos: a delação premiada garantiu o fim de muitos esquemas de corrupção, mostrando a fragilidade da sociedade civil perante grupos infiltrados na política. Assisti a tudo que se passou em 1992 e posso afirmar que a experiência italiana pode ajudar a evitar que as esperanças do povo brasileiro sejam frustradas e que a história não se repita. A Justiça italiana introduziu mecanismos para lutar contra a máfia. O Ministério Público, de mero coadjuvante, se tornou protagonista nas investigações. Aqui, também, de doleiros que lavavam dinheiro de traficantes se descobriu a lavagem de dinheiro da Petrobras. Por isso, espero que a sociedade brasileira faça uma atenta análise e reflexão. Digo isso porque a má política, da corrupção, é como um vírus que, se não for combatido de forma correta, volta transformado e fortalecido.
Dois anos atrás, recebi em minha casa o ex-procurador Antonio Di Pietro. Logo depois, ele entrou na política, mas depois saiu de cena em meio a críticas de suspeitas de negociatas. Ele, muito sereno, observava, com paternal experiência, a atuação de Sérgio Moro, mas também com o olhar crítico, dizendo: "tomara que não acabe como o filme "Gattopardo à brasileira". Ou seja, mudar tudo para não mudar nada.
Da Cooperação Jurídica e Assistência Social da Embaixada da Itália em Brasília
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