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Estados Unidos

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2018 às 15:22

Justiça mantém proteção a 'dreamers'

A Suprema Corte norte-americana, órgão máximo do Judiciário nos Estados Unidos, negou ontem um pedido do presidente Donald Trump para avaliar o fim do programa que protege jovens imigrantes que chegaram ainda crianças ao país, os chamados "dreamers" (sonhadores, em inglês).
A Suprema Corte norte-americana, órgão máximo do Judiciário nos Estados Unidos, negou ontem um pedido do presidente Donald Trump para avaliar o fim do programa que protege jovens imigrantes que chegaram ainda crianças ao país, os chamados "dreamers" (sonhadores, em inglês).
O grupo, de cerca de 800 mil pessoas, estava sob ameaça de deportação desde que Trump anunciou o fim de sua permanência legal no país, concedida por seu antecessor, Barack Obama. A partir do dia 5 de março, os vistos desses jovens perderiam a validade, e eles poderiam ser deportados. Em janeiro, porém, um juiz federal da Califórnia determinou a manutenção do programa. A decisão foi seguida por um juiz de Nova Iorque, há duas semanas.
O governo Trump recorreu e pediu que a Suprema Corte decidisse sobre o caso antes dos tribunais de apelação. A ordem, porém, que delega o julgamento aos tribunais de segunda instância, mantém válidas as determinações dos juízes federais de dar continuidade ao programa - o que prorroga a permanência dos imigrantes no país.
O presidente tem travado uma queda de braço sobre imigração com a Justiça e o Congresso. Trump argumenta que imigrantes ilegais tiram empregos dos norte-americanos e contribuem para a violência, cometendo crimes. A administração aumentou em 40% as prisões de estrangeiros sem documentação, reduziu o número de refugiados recebidos pelo país e tem defendido políticas mais severas contra imigração nos EUA.
Ao revogar o programa que dava permanência aos "dreamers", em setembro do ano passado, Trump argumentou que ele era inconstitucional - já que decisões sobre imigração cabem ao Congresso, e não ao presidente. Obama havia concedido os vistos aos jovens imigrantes por meio de uma ordem executiva. Trump deu seis meses ao Congresso para decidir sobre o destino dos "dreamers". Republicanos e democratas, porém, ainda não conseguiram chegar a um acordo.
Por causa das decisões judiciais, o prazo do dia 5 de março não vai alterar o status dos "dreamers". Caso as cortes de apelação atendam ao pedido do governo e revoguem o programa, porém, os jovens imigrantes voltarão a estar sujeitos à deportação.

Aprovação do republicano atinge menor nível desde que ele assumiu o poder

A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atingiu 35% em fevereiro e renovou, mais uma vez, o recorde de baixa desde que ele chegou ao poder, em janeiro do ano passado, apontou uma pesquisa encomendada pela CNN ao instituto SSRS.
O nível de aprovação também é o menor na comparação com os demais presidentes na mesma altura do mandato (um ano e um mês). Depois da dele, a menor taxa de aceitação é de 47%, obtida pelo democrata Jimmy Carter em 1978 e pelo republicano Ronald Reagan em 1982. Em fevereiro de 2010, Barack Obama tinha 49%.
A derrocada da popularidade de Trump se ampliou na passagem de janeiro para fevereiro, diante do aumento de notícias sobre casos de assédio envolvendo membros do governo dos EUA, bem como uma nova paralisação temporária da máquina pública, por falta de acordo em relação ao orçamento do ano fiscal vigente.
A pesquisa ouviu 1.016 pessoas entre os dias 20 e 23 de fevereiro. A margem de erro do levantamento é de 3,7 pontos percentuais.