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Educação

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2018 às 22:41

Colégio Paula Soares segue com um andar interditado

Sete salas são divididas por biombos, desde o ano passado, para abrigar duas turmas simultaneamente

Sete salas são divididas por biombos, desde o ano passado, para abrigar duas turmas simultaneamente


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Com um andar inteiro interditado, o ano de 2017 foi difícil para professores e alunos do Colégio Estadual Paula Soares - os quase 800 estudantes precisaram se apertar em salas de aula com biombos no meio, que as dividiam em duas, para que todas as turmas coubessem em uma escola com um andar inteiro a menos. A direção teme que a interdição se mantenha em 2018. O governo do Estado, porém, garante que a ordem de início para as obras necessárias será dada ainda em fevereiro.
Com um andar inteiro interditado, o ano de 2017 foi difícil para professores e alunos do Colégio Estadual Paula Soares - os quase 800 estudantes precisaram se apertar em salas de aula com biombos no meio, que as dividiam em duas, para que todas as turmas coubessem em uma escola com um andar inteiro a menos. A direção teme que a interdição se mantenha em 2018. O governo do Estado, porém, garante que a ordem de início para as obras necessárias será dada ainda em fevereiro.
Tudo começou em 2016, quando, diante de infiltrações e alagamentos recorrentes, estudantes ocuparam a instituição de ensino e, entre as demandas, reivindicaram o conserto do telhado do prédio. Autorizada pelo Estado, a obra começou em março de 2017 e custou em torno de R$ 500 mil, entre troca do telhado, substituição de parte da rede elétrica, revisão do restante dos fios e intervenção no forro. Tinha previsão para terminar em outubro. "A obra foi prometida para outubro, em outubro disseram que estaria pronta no início do ano letivo e, até agora, nada de liberarem o colégio", reclama a diretora Genecy Segala.
Faltou, no entanto, a instalação de um novo rodaforro (como um rodapé, só que no forro), que, por se tratar de um imóvel histórico e tombado, precisa ser refeito com suas características originais, de madeira, com trabalho de marcenaria. Para sua execução, a empresa licitada solicitou um aditivo de contrato para receber mais R$ 236 mil. A documentação está na Secretaria Estadual de Obras Públicas, Saneamento e Habitação (Seop) para análise. A previsão é que as obras comecem neste mês e, até que tudo fique pronto, a construtora não permite a liberação do terceiro andar.
Segundo Genecy, na sexta-feira, haverá uma reunião entre a direção, a Seop e a empresa que está fazendo as obras para estabelecer os próximos passos e acertar um cronograma. O cálculo é que, a partir da liberação oficial do aditivo por parte do Estado, leve mais 30 dias para o dinheiro ser liberado e outros 30 dias para que a obra seja concluída. Se o contrato fosse autorizado amanhã, portanto, os alunos do Paula Soares ainda precisariam ficar pelo menos um mês dividindo salas.

Para diretora, compartilhamento de salas prejudica ensino

Das 18 salas de aula existentes no colégio, sete ficam no andar interditado. O terceiro pavimento também abriga o auditório. Para suprir os espaços interditados, outras sete salas foram divididas por biombos. "Perdemos alunos por isso, porque os pais acham um absurdo ter um biombo no meio da sala. Por mais que a gente se esforce, fica limitado, não dá para passar um filme ou fazer alguma atividade que demande mais barulho, porque atrapalha a aula ao lado", avalia.
O material usado na obra foi colocado no pátio frontal da instituição, e, por isso, os alunos não podem usar o pátio e a entrada principal da escola, que fica nele - entram apenas pelo portão de baixo. "Isso nos causa problemas, porque lá não temos portão eletrônico, câmeras de segurança, nem contamos com um porteiro em nosso quadro de funcionários, aí uma monitora precisa ser deslocada para ficar na portaria", lamenta a diretora. Conforme Genecy, a monitora faz falta, porque, deslocada, não faz a fiscalização dos corredores.
Para a diretora, a prioridade é que o terceiro andar seja liberado, com ou sem rodaforro. "Não chove mais na escola, mas, mesmo assim, a empresa diz que não dá para usar, que é melhor esperar mais um pouco e entregar tudo completamente pronto. Mas, para mim, não importa se tem rodaforro, e sim se há um bom ambiente para as aulas", desabafa. Genecy procura negociar com a construtora para que ao menos quatro salas e o pátio sejam liberados até o início do ano letivo, para desafogar o funcionamento da instituição.