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Especiais#Cenário Digital

Telecomunicações

- Publicada em 03 de Março de 2018 às 18:49

TV digital abre mais espaço para rede de telefonia celular

Repetto estima que, até março, Porto Alegre terá 100% da área com cobertura 4,5G

Repetto estima que, até março, Porto Alegre terá 100% da área com cobertura 4,5G


CLAITON DORNELLES /JC
A televisão e a telefonia móvel terão um ano de transformações no Rio Grande do Sul. Com o fim das transmissões de TV pelo sistema analógico em 107 cidades gaúchas, processo que deve ser concluído até o próximo dia 14 de março, será liberada a frequência de 700 MHz, que passará a ser usada para ampliar a oferta de internet 4G. O processo já está em andamento em outras regiões do País, e as operadoras de celular anunciam novidades na tecnologia para aumentar a velocidade e a qualidade dos serviços de dados e de voz.
A televisão e a telefonia móvel terão um ano de transformações no Rio Grande do Sul. Com o fim das transmissões de TV pelo sistema analógico em 107 cidades gaúchas, processo que deve ser concluído até o próximo dia 14 de março, será liberada a frequência de 700 MHz, que passará a ser usada para ampliar a oferta de internet 4G. O processo já está em andamento em outras regiões do País, e as operadoras de celular anunciam novidades na tecnologia para aumentar a velocidade e a qualidade dos serviços de dados e de voz.
Pelas previsões iniciais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o desligamento da TV analógica em Porto Alegre e outras 106 cidades seria feito até 31 de janeiro, no entanto, o prazo foi prorrogado. Em Santa Catarina, o fim do sinal analógico também já está em andamento. Em Florianópolis, ficou para o dia 28 deste mês. No Paraná, o prazo em Curitiba ficou mantido para 31 de janeiro. Com isso, a TV aberta passa a ser transmitida em sinal digital, prometendo melhor qualidade de som e imagem.
A expectativa é de que também os serviços de telefonia celular tenham ganhos significativos, com mais rapidez no tráfego de dados e clareza nas ligações telefônicas. A Vivo, por exemplo, já vem usando a faixa de 700MHz em mais de 400 cidades brasileiras que já tiveram o sinal liberado. "Essa faixa de frequência apresenta boas características de propagação e penetração em ambientes fechados, de forma que seu uso na rede 4G proporciona melhorias de cobertura indoor nas áreas de maior densidade urbana e maior alcance em regiões periféricas", explica o diretor de vendas Regional Sul da companhia, José Carlos Rocha Junior.
As telefônicas lembram que haverá um período de adaptação entre o fim da transmissão de TV analógica e o efetivo aproveitamento da banda de 700 MHz para celulares. A TIM prevê que a ativação dessa faixa, aqui no Estado, deve ocorrer até novembro. "A percepção de melhoria é imediata nas cidades onde o sinal é liberado comercialmente. Por ser uma frequência mais baixa, o alcance de cobertura pode ser duas vezes maior comparado ao da faixa de 2600 MHz", destaca Eduardo Coutinho, diretor comercial da TIM para a Região Sul.
Em paralelo, as operadoras seguem investindo em tecnologia e trabalhando para oferecer novos serviços. A Claro, por exemplo, lançou oficialmente em janeiro a rede 4.5G em mais de 140 cidades brasileiras - incluindo as gaúchas Porto Alegre, Capão da Canoa, Tramandaí, Imbé, Xangri-Lá e Torres. "Decidimos fazer a modernização antes da liberação dos 700 MHz. Quando vier, dará mais poder à rede", afirma o diretor regional da Claro Rio Grande do Sul, Marcelo Repetto. "Hoje, 50% das antenas do Rio Grande do Sul estão em fase de modernização. Em março, teremos 100% da área de Porto Alegre com cobertura 4.5G", informa o diretor. Enquanto isso, a empresa se prepara para aproveitar a liberação da faixa de 700 MHz em pelo menos 57 cidades gaúchas ao longo deste ano. "Já estamos preparados para começar a trabalhar nessas cidades, com obras nas torres existentes e instalação de novas torres. A previsão de estar funcionando é até o final de 2018", acrescenta Repetto.
Os novos equipamentos também poderão impulsionar aspectos tecnológicos como as aplicações de Internet das Coisas (com cada vez mais aparelhos eletrônicos conectados), de computação de nuvem (para armazenamento remoto de dados) e de transmissões de vídeo. "O conteúdo multitela, por exemplo, é um desafio, para que a experiência (de assistir e baixar vídeos) no celular seja como a de casa. Temos que ter uma rede capaz de suportar isso", observa Repetto. "Em 2013, 15% do tráfego da rede era vídeo. Em 2021, será 82%. O streaming é o grande futuro", completa o diretor da empresa.

Operadoras preparam a chegada do 5G

A tecnologia 5G, que promete ampliar ainda mais o alcance da internet via celular, não deverá chegar comercialmente ao mercado antes do ano que vem. Mas os testes estão em andamento, inclusive no Brasil. "O padrão está sendo estabelecido em escala mundial para o uso entre 2019 e 2020. Para isso, é necessária a preparação e o desenvolvimento do ecossistema que envolve os terminais adaptados", diz Eduardo Coutinho, diretor comercial da TIM para a Região Sul.
José Carlos Rocha Junior, diretor de vendas Regional Sul da Vivo, ressalta a necessidade de adaptação por parte das companhias. "Quando falamos de 5G, pensamos nos aparelhos dos clientes, na Internet das Coisas e no espectro que será usado para isso. Mas uma grande transformação será necessária no núcleo das redes, e estamos trabalhando intensamente nisso." Na Claro, também há estudos. "Nossa rede já está sendo preparada. A expectativa é que a estrutura esteja pronta para uso comercial entre 2020 e 2021", adianta Marcelo Repetto, diretor regional da Claro Rio Grande do Sul.