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Economia

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2018 às 21:51

Listadas na B3 voltam para o patamar de 2005

Os investidores brasileiros têm cada vez menos opções de ações para comprar na B3. O número de empresas com papéis negociados no pregão chegou a 344 no fim de 2017. É um patamar tão baixo quanto o registrado 12 anos antes, em dezembro de 2005 - um período anterior à onda de aberturas de capital (IPOs, na sigla em inglês) de 2006 e 2007.
Os investidores brasileiros têm cada vez menos opções de ações para comprar na B3. O número de empresas com papéis negociados no pregão chegou a 344 no fim de 2017. É um patamar tão baixo quanto o registrado 12 anos antes, em dezembro de 2005 - um período anterior à onda de aberturas de capital (IPOs, na sigla em inglês) de 2006 e 2007.
Alguns fatores explicam o movimento. A última década protagonizou uma sequência de fusões que, naturalmente, concentrou o mercado. Um exemplo é a própria B3, uma empresa que já foi três: BM&F, Bovespa e Cetip. Além disso, o marasmo que se instalou na Bolsa com a eclosão da crise financeira global de 2008 - agravado pela instabilidade política e a recessão econômica do País a partir de 2014 - também contribuiu para o enxugamento.
Nesse contexto, muitas empresas optaram por deixar o mercado de capitais, em processos conhecidos como OPAs, ou ofertas públicas de aquisição das próprias ações. E as poucas companhias que listaram suas ações não foram suficientes para compensar todas as saídas.
No ano passado, seis empresas registraram na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ofertas de aquisição de ações com o objetivo de sair da Bolsa - caso do banco Indusval e da Jereissati Telecom. Em 2016 haviam sido 13, com a Whirlpool e a Vigor Alimentos entre elas. Em cinco anos, 36 seguiram esse caminho. No mesmo período, porém, as aberturas de capital foram 23.
O fenômeno não é exclusivo do Brasil. Também em outros países, o número de empresas listadas nas bolsas é decrescente ao longo dos anos - mesmo nos desenvolvidos. "Existe uma percepção entre os empreendedores de que mercado de ações tem se tornado cada vez mais especulativo e focado no curto prazo. Para evitar a pressão de entregar resultados imediatos, muitos têm encontrado outros caminhos para financiar o próprio crescimento", diz Alexandre Di Miceli, professor da Fecap e sócio-fundador da Direzione Consultoria.
Fundos de private equity, que compram fatias de empresas jovens e com alto potencial de crescimento, e investimentos diretos por grandes companhias - ao estilo que gigantes da tecnologia como Google e Facebook costumam fazer com startups promissoras - são alguns exemplos de vias alternativas.
Na bolsa americana Nasdaq, onde são listadas principalmente companhias do setor de tecnologia, as empresas com ações negociadas caíram de 3.069 em 2007 para 2.949 no fim de 2017, segundo dados da Federação Mundial de Bolsas.
Já na Bolsa de Nova Iorque (Nyse), o número permaneceu praticamente estável: saiu de 2.273 para 2.286. Somadas, as duas bolsas têm 15 vezes o número de empresas listadas do que o mercado brasileiro.
Segundo especialistas consultados, apesar da queda no leque de alternativas, há um ponto positivo para o investidor nesse cenário. "Muitas das empresas que deixaram a Bolsa se listaram nas décadas de 1970 e 1980, por incentivos fiscais, mas há anos suas ações estavam praticamente paradas. Não deveriam estar lá", diz Di Miceli. Assim, à medida que a CVM e a B3 passaram a exigir melhores práticas de governança corporativa, estar no pregão virou um custo com pouco retorno para essas companhias.
Na sexta-feira passada, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,28%, aos 84.524 pontos. Na semana, os ganhos foram de 4,48% e, no ano, 10,63%. O dólar terminou o dia cotado a R$ 3,225, uma queda de 0,12% em relação ao real.
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