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prato do dia

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2018 às 22:27

Dois certos filés de congro


CPM/DIVULGAÇÃO/JC
Uma coisa ótima para quem está em Porto Alegre no verão é a facilidade em conseguir mesa em restaurantes. Até nos superconcorridos almoços dominicais do Iaiá Bistrô, na Zona Sul, se consegue reserva uma hora antes, sem problemas. Não é uma questão de conforto, serviço ou preços - estes são realistas -, mas de cozinha do Iaiá, que é boa mesmo.
Uma coisa ótima para quem está em Porto Alegre no verão é a facilidade em conseguir mesa em restaurantes. Até nos superconcorridos almoços dominicais do Iaiá Bistrô, na Zona Sul, se consegue reserva uma hora antes, sem problemas. Não é uma questão de conforto, serviço ou preços - estes são realistas -, mas de cozinha do Iaiá, que é boa mesmo.
O menu oferece possibilidades, raras por aqui, da culinária brasileira: moquecas, vatapá, bobó de camarão, filé de pirarucu. Desta vez, o destaque em nossa mesa foi esse filé de congro da primeira foto, grelhado em crosta de amendoim, castanhas do Pará e de caju, ao molho de tamarindo, sobre purê de mandioquinha - uma delícia, por R$ 78,00, pedimos logo dois.
Mas, com criança em casa, é forçosa uma ou outra escapada ao mar. Após o Carnaval, voltamos a Garopaba, reino de boas peixarias e, claro, ao Bistrô 77, encravado em frente à praia, no Centro. Tem um bonito bufê de entradas e acompanhamentos - falta identificar alguns pratos -, que custa R$ 33,00 e basta para muita gente.
Não para nós: investimos em lindíssimos filés de congro ao creme de espinafre, em porção dupla, por R$ 160,00 - na segunda foto está apenas a metade. Quem pede a la carte ganha direito ao bufê, então recuperei todo o peso perdido em longas partidas de futebol de areia. E fi-lo alegremente, a cada quilo, em ambas as situações.
Vamos ficar por aqui, antes que surja algum novo Jânio em outubro.

três perguntas para Pascal Marty


JEFERSON SOLDI/DIVULGAÇÃO/JC
Ele possui uma invejável história ligada ao vinho, iniciada por sua formação em Bordeaux como engenheiro-agrônomo e enólogo, em 1982. Por 14 anos, foi winemaker da Baron Philippe de Rothschild, depois desenvolveu ousados projetos vitivinícolas pelo mundo, até radicar-se no Chile, onde foi CEO da Almaviva e criador de famosos rótulos. Atualmente, dedica-se a sua própria vinícola - Viña Marty - e mantém algumas poucas e selecionadas consultorias em alguns países. Na quarta-feira, comandou um jantar no Plaza São Rafael e apresentou lançamentos que explicam suas frequentes visitas à serra gaúcha.
1. Que projeto o tem trazido ao Rio Grande do Sul?
Cuido de reposicionar a marca Peterlongo no mundo vinícola, que ela integra há mais de um século. É o tipo de trabalho que demanda tempo, que já desenvolvi para outras casas ao longo de minha trajetória, com gratificantes resultados.
2. A Peterlongo tem forte tradição em espumantes...
E continuará tendo, mas agora aliada ao que estamos fazendo com relação a vinhos finos. Trazemos ao mercado dois novos rótulos, nos quais apostamos - Teroldego e Touriga Nacional -, já tínhamos um bom Sauvignon Blanc e nossos espumantes
3. O que vem depois?
O objetivo maior é chegar a um vinho ícone brasileiro, mas isso ainda vai levar alguns anos.

Mais um veraneio em Porto Alegre - parte 2


CPM/DIVULGAÇÃO/JC
Esse ar de cidade pacata que Porto Alegre exibe no verão inevitavelmente me remete a uma Capital que conheci há décadas, quando ainda se almoçava em casa, ou em restaurantes com toalhas alvíssimas às mesas, garçons vestindo summer, maîtres de smoking e menus a la carte.
A lembrança mais antiga: levado por meu pai, guardo vagas recordações do Capri e do Ghilosso, ambos em frente à Praça da Alfândega. Depois conheci os lanches da Pelotense, mais tarde os categorizados restaurantes do Plazinha, do Citi Hotel - aí em uma idade que já me permitia escolher o que iria pedir naqueles cardápios da época, com dúzias de acompanhamentos diferentes para as mesmas preparações de filés, por exemplo.
O Ghilosso pertencia ao seu Aurélio. Anos depois, vim a conhecê-lo, eu ainda universitário e trabalhando como repórter, ele na condição de ecônomo do bar da Redação, sepultado junto às oficinas do jornal e, que trabalhava. Lembro-me de tomar cafezinho ali com o Alfredo Fedrizzi, que descia da rádio, e com tanta gente que conheci no meio.
Bons tempos. Melhor ainda ter 20 anos!