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Conjuntura

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2018 às 09:56

Cresce confiança de pequeno e médio empresário para 2018

Depois de uma pausa, devem ser tomados investimentos e contratações

Depois de uma pausa, devem ser tomados investimentos e contratações


/SNOWING/FREEPICK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
A confiança do pequeno e médio empresário no ambiente de negócios brasileiro aumentou no início de ano. A alta foi de 3,7% na comparação com o último trimestre de 2017, segundo dados de uma pesquisa do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). As prioridades variam: enquanto a maioria dos comerciantes e donos de empresas de serviços deve investir mais na divulgação do negócio, os industriais apostam em novos funcionários e compra de equipamentos. Porém os empresários dos setores de serviços e comércio estão mais confiantes do que os da indústria - nos dois primeiros segmentos, a elevação foi de 5,2% e 4%, respectivamente, contra apenas 0,6% dos industriais.
A confiança do pequeno e médio empresário no ambiente de negócios brasileiro aumentou no início de ano. A alta foi de 3,7% na comparação com o último trimestre de 2017, segundo dados de uma pesquisa do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). As prioridades variam: enquanto a maioria dos comerciantes e donos de empresas de serviços deve investir mais na divulgação do negócio, os industriais apostam em novos funcionários e compra de equipamentos. Porém os empresários dos setores de serviços e comércio estão mais confiantes do que os da indústria - nos dois primeiros segmentos, a elevação foi de 5,2% e 4%, respectivamente, contra apenas 0,6% dos industriais.
A alta no otimismo também se repete no estado de São Paulo, conforme pesquisa do Sebrae-SP. Entre os empreendedores paulistas, 35% esperam que a economia do país melhore neste ano, aumento de 9% em relação ao final de 2016. Na startup financeira Blu365, de renegociação de dívidas, a aposta para 2018 é de alto crescimento. O sócio Alexandre Lara, 44, estima que a empresa pode dobrar de tamanho até dezembro e investiu R$ 600 mil num reposicionamento de marca e mudança de nome, aposentando a antiga alcunha, Kitado. A ideia é agora ir além das renegociações e oferecer serviços de educação financeira aos clientes.
"Queremos oferecer novos produtos e conteúdo sobre finanças pessoais", afirma Lara. Em vez de apenas retomar o uso da capacidade produtiva ociosa durante a crise, muitos, como Lara, já avaliam manobras de prazo mais longo, segundo o economista Gino Olivares, pesquisador e professor do Insper. "Ele está se preparando. Em vez de ocupar toda a capacidade ociosa deixada pela crise, muitos já se antecipam ao pico de demanda."
A retomada, mesmo que gradual, pode aumentar o número de investidores dispostos a apostar nas pequenas. "Até no setor de franquias, onde há um modelo de negócio firmado e, por isso, menos risco, estavam todos cautelosos. Isso pode mudar", diz Alexandre Teixeira, da área de negócios e empresas do banco Santander. A Zissou, empresa de produtos para o sono, já busca investidores-anjo para custear parte dos R$ 3 milhões que planeja investir. Além de criar novos produtos, a meta é abrir lojas próprias. "Vamos investir em novos canais de venda, campanhas e gestão de marca", afirma o sócio Ilan Vasserman.
Para o economista e consultor do Sebrae Pedro João Gonçalves, é vital observar o cenário nos próximos meses. Mas, como a comparação sai de uma base de retração, o otimismo deve ser acompanhado de uma dose de cautela, segundo Gonçalves, para que os investimentos sejam alocados de forma correta.
 

Antes de investir, vale cortar custos das operações

Mesmo com a perspectiva de melhora econômica, o empreendedor de pequeno e médio porte deve manter a cautela nos próximos meses para não perder dinheiro. Antes de investir, o momento é de rever as práticas de gestão para economizar e aumentar a rentabilidade na hora de aplicar parte do caixa, seja em estoques, insumos ou na contratação de novos funcionários.
O primeiro passo é rever a estrutura de custos e garantir que não há desperdício. "A crise foi útil para incentivar o empresário a reajustar seus gastos e continuar competitivo durante a retração", afirma Alexandre Teixeira, da área de negócios e empresas do banco Santander.
Para o economista e consultor do Sebrae Pedro João Gonçalves, o País acabou de começar a "subir a ladeira da recuperação", mas o movimento pode levar tempo. Além de observar dados como juros e inflação, é importante avaliar a região onde o negócio está localizado e o crescimento ou a retração daquele setor específico. Até o valor do produto pode influenciar: quem produz bens ou serviços mais caros, que dependem de financiamento, pode demorar a perceber melhora nas vendas.