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Política

- Publicada em 23 de Janeiro de 2018 às 23:01

'Devem se ater aos autos', diz Lula sobre TRF-4

Lula: "tenho advogados competentes que já provaram minha inocência"

Lula: "tenho advogados competentes que já provaram minha inocência"


MARIANA CARLESSO
Lívia Araújo
Em um discurso de mais de 20 minutos na noite desta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que já provou sua inocência no caso do triplex do Guarujá, cujo recurso de apelação contra a condenação do petista será julgada nesta quarta-feira no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em Porto Alegre. "Não vou falar do meu processo, primeiro, porque tenho advogados competentes, que já provaram minha inocência. Segundo, porque acredito que aqueles que vão votar deverão se ater aos autos do processo e não a convicções políticas", disse.
Em um discurso de mais de 20 minutos na noite desta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que já provou sua inocência no caso do triplex do Guarujá, cujo recurso de apelação contra a condenação do petista será julgada nesta quarta-feira no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em Porto Alegre. "Não vou falar do meu processo, primeiro, porque tenho advogados competentes, que já provaram minha inocência. Segundo, porque acredito que aqueles que vão votar deverão se ater aos autos do processo e não a convicções políticas", disse.
A fala de Lula começou por volta de 19h45min, em um palco montado perto do Largo Glênio Peres, no Centro Histórico da Capital. Segundo a organização do evento, havia cerca de 70 mil pessoas.
>Confira as imagens do ato em apoio a Lula:
O público estava bastante compactado e ia desde a frente do palanque onde Lula discursou até depois da Esquina Democrática, local para o qual originalmente o ato foi marcado. Ovacionando Lula em diversos momentos, o público entoou cantos já tradicionais entre as hostes petistas, como "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula" e "Lula, guerreiro do povo brasileiro".
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) precedeu o petista em uma fala de cerca de 15 minutos, na qual disse que "o Brasil precisa de um homem", mas depois emendou o discurso, dizendo que "o Brasil já precisou de uma mulher, e precisa de muito mais mulheres, mas agora precisa de um homem, e esse homem é Lula".
A ex-presidente justificou que o único nome cogitado pelo PT para concorrer à presidência é Lula, porque "quem acredita na inocência de alguém não pode substitui-lo".
O ato contou ainda com diversas lideranças históricas do PT, como o ex-senador e agora vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy, os ex-governadores gaúchos Olívio Dutra e Tarso Genro, o ex-governador da Bahia Jacques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, além do pré-candidato petista ao governo do Estado, Miguel Rossetto. Lideranças de outros partidos, como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o senador Roberto Requião (PMDB-PR) também discursaram.
Outra liderança que marcou presença no ato foi o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. O dirigente disse que "o tribunal terá a oportunidade de sepultar a farsa do (juiz federal) Sérgio Moro, que se comportou como um promotor, mas é um fantoche da 'casa grande'".
Nem sempre Lula se colocava ao lado das lideranças durante os seus discursos, mas o fez em alguns momentos: no discurso de Dilma Rousseff, mas também nas falas de Boulos e da deputada estadual gaúcha Manuela d'Ávila, que é pré-candidata à presidência da República pelo PCdoB.
As falas mais provocativas ficaram a cargo da presidente nacional do PT, senadora paranaense Gleisi Hoffmann, que chegou a culpar a rede Globo pela febre amarela e pela morte de Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, e disse que "o que teremos daqui pra frente é muita luta na rua".
Além das personalidades políticas, artistas também marcaram presença no Centro de Porto Alegre para defender Lula: a cantora Ana Cañas, que cantou sua versão da canção "O Bêbado e o Equilibrista", dizendo que esta é "a preferida de Lula"; o cantor Chico César, e o escritor Raduan Nassar, que acompanhou o petista na viagem ao Rio Grande do Sul.
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