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Política

- Publicada em 02 de Janeiro de 2018 às 18:03

Toffoli homologa primeira delação da Carne Fraca

Peemedebista Osmar Serraglio teria recebido pagamentos de propina

Peemedebista Osmar Serraglio teria recebido pagamentos de propina


MARCELO CAMARGO/MARCELO CAMARGO/ABR/JC
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli homologou no final de dezembro a delação premiada do ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, a primeira feita no âmbito da Carne Fraca. A operação investiga envolvimento de fiscais e de políticos em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular envolvendo frigoríficos. O ex-fiscal é apontado como líder do esquema descoberto pelos investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli homologou no final de dezembro a delação premiada do ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, a primeira feita no âmbito da Carne Fraca. A operação investiga envolvimento de fiscais e de políticos em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular envolvendo frigoríficos. O ex-fiscal é apontado como líder do esquema descoberto pelos investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF).
Entre os delatados por Gonçalves está o ex-ministro da Justiça e deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que, segundo o ex-superintendente, recebeu diversos pagamentos de propina. A maioria deles, conforme o relato de Gonçalves, eram de valores em torno de R$ 10 mil. Ele também relatou que Serraglio foi um dos articuladores de sua nomeação para o cargo do Ministério da Agricultura no estado e disse que os repasses costumavam ser em espécie. Um dos grampos telefônicos de Carne Fraca gravou uma conversa em que o deputado federal se refere a Daniel Gonçalves como "o grande chefe". Outro foco da delação é o também deputado federal Sergio de Souza (PMDB-PR), que também teria se beneficiado de propina do esquema.
Gonçalves também entregou outros políticos do PMDB do Paraná e detalhou como o sistema de compra de liberação de licenças por frigoríficos abastecia o caixa ilícito do partido. O acordo de Daniel Gonçalves foi feito com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e com o Ministério Público Federal no Paraná e estava há cerca três meses com o ministro Dias Toffoli aguardando homologação. Os relatos envolvendo nomes com foro privilegiado, como Serraglio, permanecerão no Supremo e aqueles que não se referem a pessoas com foro descerão para a primeira instância em Curitiba, que tem como responsável o juiz Marcos Josegrei.
O delator está preso na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense desde março de 2017, quando a operação foi deflagrada.
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