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Opinião

- Publicada em 31 de Janeiro de 2018 às 16:40

O avanço das mulheres e da economia mundial

Empoderamento não é apenas uma palavra da moda. Mesmo que polêmico, o termo tem dado voz a mulheres do mundo inteiro em relação a diferentes temas importantes, porém relegados a um segundo plano. Muita gente não entende o porquê de as mulheres estarem se apropriando do termo empoderamento. A expressão cunha uma consciência coletiva, uma necessidade de fortalecimento e de equidade de gênero.
Empoderamento não é apenas uma palavra da moda. Mesmo que polêmico, o termo tem dado voz a mulheres do mundo inteiro em relação a diferentes temas importantes, porém relegados a um segundo plano. Muita gente não entende o porquê de as mulheres estarem se apropriando do termo empoderamento. A expressão cunha uma consciência coletiva, uma necessidade de fortalecimento e de equidade de gênero.
A luta por condições iguais na sociedade é diária, os avanços levam muitos anos na política, na economia, na cultura e nos mais diversos setores. E, pouco a pouco, com competência e muito trabalho, as mulheres vão avançando e conquistando mais espaço. O fato foi reconhecido, inclusive, no encontro global de empreendedorismo, no final do ano passado, na Índia, em que empreendedoras foram o destaque e foram apresentados dados que mostram como as mulheres vão elevar o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2% simplesmente com a redução gradual da desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
Em relação à equidade salarial, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a renda média do brasileiro é de R$ 2.043,00. No entanto, eles ganham, em média, R$ 2.251,00; e elas, R$ 1.762,00 (diferença de R$ 489,00).
O relatório de 2017 "Em busca da igualdade de gênero: uma batalha difícil", da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico, indica que, em 35 países analisados, houve muito pouco progresso nos últimos cinco anos - em relação a estudo de 2012 - para atingir a igualdade de gênero, e que as desigualdades persistem "em todas as áreas da vida econômica e social".
Na Coreia do Sul, por exemplo, a diferença entre salários chega a 37%. Na Bélgica e na Costa Rica, é inferior a 4%. No Brasil, o desequilíbrio entre os rendimentos fica na casa dos 24,8%, mesmo as mulheres tendo, em média, dois anos a mais de estudos.
Uma pesquisa realizada pela Catho no ano passado, com 13.161 profissionais brasileiros, mostra que, para cargos operacionais, a diferença entre os salários chega a 58%, e para especialista graduado, a de 51,4%. Muito disso tem explicação nos estereótipos e nas convenções sociais.
No bom português, a mulher ainda perde espaço porque algumas empresas acreditam que ela terá menos disponibilidade para o trabalho devido a cuidados com a família e a casa, além de ter menos respeito de subordinados homens. O mais natural, então, é colocar homens em cargos de chefia para liderar mulheres e outros homens, e não o contrário.
O que se percebe é que, em qualquer setor de nossa sociedade onde há um grupo demográfico responsável pelo sustento do outro, há abuso de poder. O que as mulheres têm feito é um esforço por equidade.
Outro tema que emerge com força e que as mulheres tentam combater é o assédio - e, até mesmo, o abuso sexual -, seja no ambiente de trabalho, em escolas, em universidades, em "baladas", no transporte coletivo e dentro de suas próprias casas.
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) ActionAid, mais de 86% das brasileiras já foram vítimas de assédio em espaços públicos. E é no transporte público onde se sentem mais acuadas.
Campanhas como #chegadefiufiu e #metoo têm tomado as redes sociais com depoimentos encorajadores. São mulheres relatando situações constrangedoras, como o uso de palavras chulas para defini-las, a tentativa de contato físico sem consentimento, entre outras situações. Uma triste realidade, que precisa mudar.
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