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Oriente Médio

- Publicada em 02 de Janeiro de 2018 às 15:43

Número de mortes em onda de protestos no Irã chega a 21

Altas taxas de desemprego e inflação motivaram manifestações

Altas taxas de desemprego e inflação motivaram manifestações


/STR/AFP PHOTO/JC
Ao menos nove pessoas morreram e outras 100 foram presas em mais uma noite de manifestações no Irã, informou a TV local na manhã de ontem. O país vive uma onda de protestos violentos contra o governo de Hasan Rouhani desde o dia 28 de dezembro. O total de mortos já chega a 21, segundo estimativas oficiais.
Ao menos nove pessoas morreram e outras 100 foram presas em mais uma noite de manifestações no Irã, informou a TV local na manhã de ontem. O país vive uma onda de protestos violentos contra o governo de Hasan Rouhani desde o dia 28 de dezembro. O total de mortos já chega a 21, segundo estimativas oficiais.
De acordo com a TV estatal, seis manifestantes foram mortos quando tentavam invadir uma delegacia para roubar armas na cidade de Qahdarijan. Em Khomeinishahr, um jovem de 20 anos e uma criança de 11 foram mortos pelas forças policiais. Não se sabe quem são as outras vítimas. Um membro da Guarda Revolucionária morreu em Najafabad, a primeira baixa entre as forças de segurança do país. Todas as cidades ficam na província de Isfahan, cerca de 350 quilômetros ao Sul da capital Teerã.
Ao todo, mais de 300 pessoas foram presas nesta que é a maior onda de manifestações no Irã desde 2009, quando milhões protestaram contra a reeleição do então presidente Mahmoud Ahmadinejad. O governo do Irã tinha advertido no domingo que os manifestantes iriam "pagar o preço" pelos protestos. Desta vez, as manifestações foram motivadas pelas altas taxas de desemprego e inflação, além da corrupção.
Os protestos - que não têm liderança clara - começaram em Mashhad (Nordeste), reduto conservador, incentivados por religiosos contrários ao moderado Rouhani. Nos dias seguintes, eles se estenderam a outras cidades, inclusive a capital, Teerã, e os manifestantes se voltaram também contra o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, erguendo faixas com dizeres "Morte ao ditador!" e "Abaixo à República Islâmica".
Fora do país, o levante tem sido estimulado por líderes contrários a Teerã, como o presidente norte-americano, Donald Trump, e o premiê israelense, Benjamin Netanyahu. O aiatolá Ali Khamenei se pronunciou ontem pela primeira vez sobre os protestos. Em uma nota publicada em seu site oficial, o líder supremo responsabilizou os "inimigos da República Islâmica" por toda a agitação pela qual passa o Irã desde a semana passada. "Nos últimos dias, os inimigos do Irã usaram diferentes ferramentas, incluindo o emprego de dinheiro, armas, política e inteligência para criar problemas para a República Islâmica", disse.
Pouco depois de divulgada a declaração de Khamenei, Trump voltou a falar sobre o Irã no Twitter. "O povo do Irã está finalmente agindo contra o regime iraniano brutal e corrupto. Todo o dinheiro que o presidente (Barack) Obama tão insensivelmente lhes deu entrou no terrorismo e em seus 'bolsos'. As pessoas vivem com pouca comida, inflação alta e sem direitos humanos. Os EUA estão assistindo!", escreveu.

Parlamento de Israel aprova lei que dificulta divisão de Jerusalém

O Parlamento de Israel aprovou uma lei que exige maioria absoluta para entregar o controle sobre qualquer parte de Jerusalém. Na prática, a medida dificulta a divisão da cidade como parte de um acordo de paz com os palestinos.
A emenda proíbe que o governo ceda a soberania de qualquer área de Israel sem a aprovação de pelo menos 80 dos 120 membros do Legislativo. A própria norma, porém, poderia ser revertida por uma maioria simples, o que a torna em medida simbólica.
O Parlamento israelense, conhecido como Knesset, aprovou a emenda em meio a crescentes tensões após o presidente dos EUA, Donald Trump, reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Os palestinos querem Jerusalém Oriental como parte de seu futuro Estado independente. A maior parte da comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel sobre a cidade, tomada na Guerra dos Seis Dias, em 1967.