Manoel Euzébio abriu a Xfly e diz que tem mais qualidade de vida

Empreendedor fecha duas padarias e vive como instrutor de voos


Manoel Euzébio abriu a Xfly e diz que tem mais qualidade de vida

Não é só no verão que o Morro do Farol, em Torres, enche de paraquedistas dispostos a realizarem o esporte. Um deles é Miguel Euzébio da Silva, 39 anos, que gosta tanto da coisa que fechou duas padarias e virou instrutor. A decisão de criar a escola XFly veio da vontade de ficar ao ar livre, sentindo o vento.
Não é só no verão que o Morro do Farol, em Torres, enche de paraquedistas dispostos a realizarem o esporte. Um deles é Miguel Euzébio da Silva, 39 anos, que gosta tanto da coisa que fechou duas padarias e virou instrutor. A decisão de criar a escola XFly veio da vontade de ficar ao ar livre, sentindo o vento.
Tudo começou há 12 anos, quando ele fez um voo experimental e acabou encantado pelo esporte. "Sempre quando me perguntam se há riscos, eu aviso que o único risco é gostar e não largar mais", brinca Miguel. O professor fez cursos pelo País para se tornar instrutor.
O investimento inicial, além dessas formações, foi direcionado ao motor do paramotor, que custa em torno de R$18 mil.
Miguel aproveita a época do veraneio para lucrar com os voos experimentais e para, através deles, captar mais alunos para as aulas de pilotagem. A primeira experiência dura em torno de 15 minutos, e sai por R$ 200,00. Qualquer pessoa pode realizar a atividade, garante ele.
"Atendemos todos os perfis. Idosos, crianças, cadeirantes, cegos", afirma. Para quem deseja se profissionalizar, é preciso estar disposto a se entregar ao esporte por alguns meses.
O curso completo custa R$ 4 mil. Miguel atende entre seis e sete alunos por ano com essa demanda. "A prática das aulas é muito simples: começamos tudo no chão e a partir do oitavo dia o aluno já começa a sair dele", explica.
Além de Miguel, outros instrutores e professores de escolas de paramotor usam o Morro do Farol para darem suas aulas e realizarem voos experimentais. Só na temporada de verão, são cerca de 20 pilotos.
Miguel não tem um espaço físico para seus projetos, mas há planos para isso. Ele alugou um terreno na cidade, onde pretende investir e usar para oferecer experiências.
O empreendedor diz que seu ramo depende de algo muito próprio: o clima. No inverno, por exemplo, há meses que ele só consegue trabalhar seis dias por mês devido a chuva e ao vento. "O clima é que manda", afirma ele.
O paraquedista confessa que na época em que era proprietário das padarias ganhava muito mais do que atualmente, mas não se arrepende da mudança de carreira. "Posso estar ganhando menos, mas, pela qualidade de vida que tenho, nunca trocaria."

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