Os africanos foram mais uma vez os principais destaques da 93ª edição da Corrida de São Silvestre, que aconteceu no domingo na cidade de São Paulo. Dawitt Admasu nasceu na Etiópia, mas correu representando o Bahrein e venceu a prova masculina. Ele, que já havia ganhado em 2014, completou os 15 quilômetros em 44m15s. O brasileiro mais bem colocado foi Ederson Vilela, que chegou em 11º lugar. Entre as mulheres, a vencedora foi Flomena Cheyech Daniel, do Quênia, com 50m18. A melhor brasileira, Joziane Cardoso, cruzou a linha de chegada na décima colocação.
No masculino, um incidente envolveu o corredor Edwin Kipsang Rotich, vencedor das edições de 2012 e 2013. O queniano tropeçou sozinho e acabou se enroscando com o brasileiro Wellington Bezerra da Silva. Mas nem a queda tirou Kipsang do terceiro lugar, com tempo de 44m43. O etíope Belay Bezabh foi o segundo colocado, completando a prova em 44m33.
Os africanos vêm dominando a São Silvestre nos últimos anos. Em 2016, a queniana Jemima Sumsong, campeã da maratona na Olimpíada do Rio de Janeiro, venceu e bateu o recorde ao completar a corrida em 48min35s. O jejum das brasileiras se mantém desde 2006, quando a prova foi vencida por Lucélia de Oliveira Peres. Entre os homens, a vitória brasileira não ocorre desde 2010, ano em que Marilson Gomes dos Santos subiu ao topo do pódio.
Ao todo, mais de 30 mil pessoas participaram da São Silvestre. Este ano, a organização promoveu mudanças no trajeto. A largada, embora tenha se mantido na avenida Paulista, foi realizada em um ponto 150 metros à frente, como forma de dificultar a entrada dos chamados "pipocas" - corredores que não fazem inscrição, mas pulam as grades para participar da prova.