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Varejo

- Publicada em 01 de Fevereiro de 2018 às 00:01

Havan projeta investimento de R$ 1,9 bilhão no Rio Grande do Sul

José Ivo Sartori (e) recebeu Luciano Hang no Palácio Piratini

José Ivo Sartori (e) recebeu Luciano Hang no Palácio Piratini


MARCO QUINTANA/JC
O grupo Havan, conhecido pelas réplicas da estátua da Liberdade que ergue em frente aos seus estabelecimentos de varejo, tem um plano ousado e diversificado para investimentos no Rio Grande do Sul. A empresa promete a implantação de 50 megalojas de departamentos no Estado através de um investimento de R$ 1,5 bilhão, o que deve gerar em torno de 10 mil novos postos de trabalho diretos (número que salta para 50 mil se forem levados em conta os empregos indiretos). Além disso, a companhia possui projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que somam mais R$ 400 milhões.
O grupo Havan, conhecido pelas réplicas da estátua da Liberdade que ergue em frente aos seus estabelecimentos de varejo, tem um plano ousado e diversificado para investimentos no Rio Grande do Sul. A empresa promete a implantação de 50 megalojas de departamentos no Estado através de um investimento de R$ 1,5 bilhão, o que deve gerar em torno de 10 mil novos postos de trabalho diretos (número que salta para 50 mil se forem levados em conta os empregos indiretos). Além disso, a companhia possui projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que somam mais R$ 400 milhões.
Ainda não foram definidas as cidades que receberão as lojas, mas, normalmente, a Havan busca polos regionais para instalar seus empreendimentos. No entanto, alguns locais podem apresentar obstáculos para a proposta da empresa. O dono da Havan, Luciano Hang, adianta que a companhia somente se instalará nos municípios cujas legislações prevejam a liberdade de trabalhar nos sábados, domingos e feriados. O empresário acrescenta que a companhia opera no horário das 9h às 22h. "Se a cidade tem alguma restrição, tem que trocar a lei", defende. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, confirma que a maioria dos municípios gaúchos possui acordos entre os sindicatos dos trabalhadores e patronais que não permitem o trabalho em feriados ou domingos.
As megalojas da Havan são unidades de tamanhos que vão de 5 mil a 15 mil metros quadrados, e que vendem mais de 100 mil produtos nacionais e importados, entre itens como eletrodomésticos, eletrônicos e artigos de decoração. Os estabelecimentos levam cerca de 60 dias para serem concluídos, entretanto Hang não especificou em quantos anos as 50 lojas serão inauguradas no Rio Grande do Sul. "Até 2000 e não sei quando, porque, se melhorar este País, faremos 25 lojas por ano, e grande parte delas aqui", afirma o executivo.
Atualmente, a rede conta com 107 estabelecimentos, e a meta é encerrar o ano com 120 a 125 unidades. No ano passado, a Havan obteve um faturamento de cerca de R$ 5 bilhões, e a expectativa é que, em 2018, chegue a R$ 7 bilhões. Nos próximos cinco anos, no Brasil, o objetivo é construir 100 megalojas. "Desse total, muitas delas gostaria que fossem no Rio Grande do Sul", diz Hang. O empresário lembra que o grupo está presente em diversas regiões - como Acre, Pará, Tocantins e Rondônia -, mas não tem lojas no Estado ainda.
Sobre a réplica da estátua da Liberdade, Hang antecipa que somente será colocada onde houver bastante espaço físico (a estrutura possui o tamanho padrão de 35 metros de altura e 10 metros de largura). Cada estátua, feita com fibra, aço e concreto, custa, em média, R$ 1,5 milhão. "Adoramos fazer a estátua. O povo adora. É verdade, o povo adora a estátua, ela alegra a cidade, chama a atenção", aponta.
Na tarde desta quarta-feira, o executivo apresentou o planejamento do grupo, no Palácio Piratini, ao governador José Ivo Sartori. Antes de se encontrar com o governador, Hang havia visitado Passo Fundo e Caxias do Sul, observando o potencial dessas cidades. O empresário também pretende se reunir com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., para falar sobre os planos da empresa.
Hang reclamou da burocracia no Rio Grande do Sul para abrir lojas quando estava na NRF 2018, maior feira do mundo, que ocorreu em Nova Iorque. No evento no Piratini, o empresário frisou que não se tratava de uma crítica a Sartori, mas a governos passados. O executivo destaca que a empresa necessita de agilidade para fazer obras. "O poder público não precisa nos dar nada, não precisamos de terreno, de isenção de impostos, queremos trabalhar, e com velocidade", diz. O dirigente frisa que, se tiver que esperar quatro ou cinco anos por um alvará, é preferível buscar outro lugar para investir.
Sartori agradeceu a confiança de Hang e enfatizou que o objetivo do governo é desburocratizar e modernizar o Estado, criando condições para o desenvolvimento. O governador salientou, ainda, que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal permitirá manter, no Rio Grande do Sul, R$ 11,3 bilhões que seriam destinados a pagar parcelas da dívida com a União.

Projetos de usinas devem concorrer em leilão de energia marcado para abril

Apesar de lojas de departamentos e hidrelétricas parecerem empreendimentos totalmente distintos, ambos precisam de algo em comum para serem bem-sucedidos: consumidores. No caso das quatro PCHs que a Havan pretende desenvolver no Estado, o cliente-alvo é o sistema elétrico nacional e para fornecer para a rede é preciso que esses projetos vençam algum leilão de energia.
O proprietário da Havan, Luciano Hang, informa que as PCHs no Rio Grande do Sul deverão disputar o leilão marcado pelo governo federal para abril. As usinas, que formam o chamado Complexo Toropi, somam uma capacidade instalada de 63 MW (cerca de 1,5% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). Os projetos, saindo do papel, serão construídos nos municípios de Quevedos, São Martinho da Serra e Júlio de Castilhos. A Havan conta com outros parceiros participando do empreendimento.
A companhia já possui participação em uma usina em Frederico Westphalen e em outras duas plantas de energia em Santa Catarina. Essas estruturas, diferentemente do Complexo Toropi, atendem à demanda própria (cerca da metade do consumo das lojas do grupo). Na tarde desta quarta-feira, Hang também foi questionado se seria candidato nas próximas eleições.
O executivo afirmou que deixou seu nome à disposição e não descarta uma candidatura. O empresário, que atualmente não tem filiação com partido algum, revela que vai conversar com vários presidenciáveis e, quem tiver um discurso liberal quanto à economia, terá seu apoio.