O
Estúdio Musique abriu as portas com apenas duas salas de aula, dois professores e 30 alunos que migraram da antiga escola que o professor e proprietário Willian Varela, 35, trabalhava. Pelo fato de a escola estar localizada no Centro Histórico da Capital, em uma área com muitos colégios, segundo o proprietário, logo de início, houve uma procura intensa. "Abrimos a escola em março e, no mesmo ano, já conseguimos reverter o valor de investimento", afirma Willian. Ele, no entanto, já entrou no mercado em um período em que a rotina da cidade estava normalizada, pós-Carnaval.
Agora, depois de oito anos de atuação, a escola tem cerca de 110 alunos e seis professores. E Willian aprendeu a característica que prevalece quando o termômetro sobe: durante 10 meses do ano, o ritmo é de salas cheias, poucos horários vagos. Em janeiro e fevereiro, por outro lado, o movimento da empresa cai pela metade.
"Dependo muito do calendário escolar e da função de Carnaval", conta. A maior parte do público que frequenta o Estúdio Musique é formada por crianças e adolescentes que são estudantes das escolas da redondeza. "A maioria se manda para a praia, viaja e acaba parando (de frequentar), só volta em março", explica o professor.
Para tentar driblar o período escasso, o Estúdio Musique desenvolve workshops com convidados de fora, para dar cursos de assuntos e modalidades que normalmente não são abordados. O empreendedor acredita que tem tudo a ver com o seu negócio e são temáticas importantes para a construção de um profissional da música, como lições voltadas a artes cênicas e ao palco. "Como fechamos turmas grandes, conseguimos trabalhar com um valor de inscrição mais baixo", afirma ele.
"Exploramos bastante essa parte de trabalhar com alunos de outras escolas de artes, a parte de teatro musical, mais cênica, que, durante o ano, não conseguimos apostar como poderíamos. E, como tenho muitos alunos que vão para competição, é interessante que eles desenvolvam isso", afirma. As mensalidades variam de R$ 190,00 a R$ 200,00.
Para elevar a procura quando o próximo ano engrenar, a aposta é ir além do público do Centro. "Pretendemos trazer gente nova, abranger um raio maior da cidade, explorar outros bairros com uma campanha mais agressiva", relata Willian.