Os movimentos de mercado influenciam em todo processo de planejamento da empresa, seja financeiro, de compras, de estoque. "E de pessoal, para que se possa manter o mesmo nível de serviço e atendimento aos clientes", diz. Para qualquer atividade empresarial, é fundamental ter planejamento para não ser pego de surpresa. Seja ela positiva ou negativa. É preciso ter um resguardo financeiro para baixas tanto quanto preparar-se para um aumento de fluxo.
Para quem está no primeiro ano de negócio, é possível monitorar o mercado através de análise dos concorrentes, ao observar em quais épocas do ano as empresas do mesmo ramo fazem promoções, por exemplo. Outra dica é ouvir os consumidores e as percepções sazonais de fornecedores.
Para quem não se planejou e está na cara do gol, o primeiro passo é buscar algum tipo de ação de divulgação, para promover os produtos e serviços. Sair a prospectar novos clientes, ver o melhor jeito de usar a estrutura que está ociosa, fazer eventos para trazer o cliente para perto e oferecer diferenciais conforme a estação. No entanto, "sem planejamento, qualquer medida pode ser perigosa", alerta o especialista. Dar descontos pode ser uma cilada se você não tiver as informações de custos e margem de lucro bem organizadas.
Na época de baixa demanda, alguns empreendimentos aproveitam para fazer férias coletivas.
Em meses de maior movimento, o ideal é armazenar caixa para os pagamentos e para o fluxo de períodos mais fracos.
Todos os setores, de alguma maneira, em alguma época do ano, são impactados. No entanto, o choque é menor para os que conseguem prever a demanda. O comportamento do consumidor varia conforme diversos aspectos, seja o clima, a época de férias e os ambientes político, social e econômico do País. "No mercado norte-americano, em momentos de crise, as pessoas saem a consumir para reaquecer a economia. No Brasil, acontece o movimento contrário: mesmo as pessoas tendo dinheiro, ficam com medo de gastar, mudam os hábitos", ilustra.
E, para 2018, é importante já olhar o calendário. É um ano de Copa do Mundo, eleições. Roger aconselha aos empreendedores pensar como estes grandes eventos podem influenciar positiva ou negativamente seus negócios.