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EMPREENDEDORISMO

- Publicada em 22 de Dezembro de 2017 às 15:25

Millennials não serão tão empreendedores

Nascidos entre 1979 e 1995 têm outras dívidas, por isso sentem medo de se comprometer

Nascidos entre 1979 e 1995 têm outras dívidas, por isso sentem medo de se comprometer


/AFAGEN VIA VISUALHUNT.COM /DIVULGAÇÃO/JC
Há quem pense que a nova geração chegará ao mercado de trabalho em 2018 e nos anos que seguem cheia de vontades e disposta a fazer apenas o que tem vontade, como acontecia com suas outras escolhas no período da adolescência. Surpreendentemente, no entanto, a previsão é de que os Millennials, aqueles nascidos entre 1979 e 1995, não serão tão empreendedores quanto seus antecessores.
Há quem pense que a nova geração chegará ao mercado de trabalho em 2018 e nos anos que seguem cheia de vontades e disposta a fazer apenas o que tem vontade, como acontecia com suas outras escolhas no período da adolescência. Surpreendentemente, no entanto, a previsão é de que os Millennials, aqueles nascidos entre 1979 e 1995, não serão tão empreendedores quanto seus antecessores.
A informação é de Bridget Weston Pollack, vice-presidente e responsável pela Comunicação da Score, associação sem fins lucrativos dos Estados Unidos dedicada a desenvolver pequenos negócios.
Ela falou com jornalistas, em Washington, sobre perspectivas para quem empreende, uma semana após a realização do maior evento de empreendedorismo do mundo, a Global Entrepreneurship Summit (GES), que reuniu mais de 1,5 mil pessoas em Hyderabad, na Índia.
"Há uma série de razões, mas os Millennials não estão iniciando negócios, embora sejam otimistas. Uma delas é que eles já se endividam com bolsas de estudos e não podem arcar outras contas", justifica Bridget, referindo-se à busca de capital para poder abrir uma loja, lançar um aplicativo ou estruturar algum outro tipo de empresa.
E ela considera que o empreendedorismo por oportunidade (quando se tem uma boa ideia) ainda deve prevalecer e se sobressair sobre o desencadeado pela necessidade - ou seja, quando alguém precisa iniciar algo próprio para driblar o desemprego, por exemplo.
Outro dado identificado pela Score é que a criação de startups está em baixa desde meados dos anos 2010 e 2011.
"As pessoas não estão começando mais negócios, mesmo que muitos tenham perdido seus empregos na recessão. Então, de forma geral, quem abre algo é pela oportunidade, e não por algo que ocorreu inesperadamente em suas vidas", considera Bridget.
A dúvida é se a sociedade verá novamente uma "geração chão de fábrica", com a cultura do emprego formal, ou se os próximos meses reservam surpresas. Criativos os millennials, com certeza, são.

Empreendedorismo é o tema da vez no mundo

Quem viaja observa uma característica comum em qualquer canto do mundo: o empreendedorismo está em alta. E isto se concretiza através de publicações internacionais dedicadas à temática, como a revista Entrepreneur, e nos ecossistemas que estão sendo criados nas cidades. Em 2018, isso tende a ficar ainda mais globalizado.
Entre 26 de novembro e 10 de dezembro, o GeraçãoE - plataforma de empreendedorismo do Jornal do Comércio - foi o único veículo brasileiro selecionado para cobrir a Global Entrepreneurship Summit (GES), na Índia, e conhecer o cenário empreendedor dos Estados Unidos, com passagens por Washington e Nashville.
Conclusão: se antes o que se via no exterior era uma grande novidade, hoje os ambientes se assemelham. Não há mais uma disparidade e a sensação de que o Brasil está ficando para trás.
Nashville, por exemplo, tem a universidade de Vanderbilt, com um espaço maker - onde são produzidos protótipos, como um capacete de rugby adaptado para quem usa implante de ouvido e uma bengala que segura a porta. Mas, aqui no Rio Grande do Sul, as universidades também estão totalmente conectadas com as demandas do mercado. Basta ver os exemplos vindos de incubadoras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), da Unisinos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e de outras.
As conversas com empreendedores norte-americanos provam, inclusive, que a maioria deles e delas está disposta a fazer negócios sem fronteiras. Não interessa se você está em Porto Alegre ou em Nova Iorque, se a sua solução for boa, o seu cliente está no mundo.
A partir do que vimos na Índia e nos Estados Unidos, podemos dizer que 2018 deve ser o ano do cliente e do fornecedor com nacionalidades diferentes, mas com ideais bem similares.
 

O ano do papel e do digital juntos

Sladana, da Eslovênia, criou um cartão de visitas com vídeo

Sladana, da Eslovênia, criou um cartão de visitas com vídeo


/MAURO BELO SCHNEIDER/ESPECIAL/JC
Se, no início da internet, chegava-se a comentar que o digital substituiria o papel, algumas iniciativas apostam na convergência de plataformas. O ano de 2018 deve trazer mais exemplos concretos da união entre on e off.
Uma das empreendedoras que chamaram atenção neste segmento durante a Global Entrepreneurship Summit (GES), em Hyderabad, na Índia, foi Sladana Mladenovic, da Eslovênia. Ela criou o aplicativo PhotoBloomAR, cuja proposta é gerar cartões de visita de papel com vídeos digitais.
Através de uma técnica parecida com o QR code, o usuário pode fazer upload das produções. Depois, basta mirar a câmera do celular para o papel que a mensagem ganha outra dimensão, com movimentos e sons.
"Você imprime suas histórias do Instagram, do Facebook, vlogs, apresentações, seja o que for, e leva no seu bolso", comemora a empreendedora.
Além dos cartões de visita, a tecnologia pode ser usada para cartas de boas-vindas ou de Natal, por exemplo. O cliente paga uma mensalidade para que o dispositivo se mantenha funcionando.
A convergência entre o ambiente físico e o digital deve entrar cada vez mais no debate em 2018, principalmente quando se trata de varejo e o aumento de consumo pela internet. Por isso, a experiência off-line é repensada pelo viés do diferencial.