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Energia

- Publicada em 05 de Dezembro de 2017 às 22:39

MPF solicita mais dados sobre térmica de Rio Grande

Ana explica que solicitação foi feita ainda na fase de audiência pública

Ana explica que solicitação foi feita ainda na fase de audiência pública


/CLAITON DORNELLES /JC
Conforme cronograma estabelecido pelo governo do Estado e empreendedores no meio do ano, a expectativa era de que neste mês de dezembro fosse definida a liberação da licença ambiental da térmica de gás natural liquefeito (GNL) de Rio Grande, caso o empreendimento atendesse a todos os requisitos legais. No entanto, esse tempo pode se alongar devido a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) quanto a mais informações sobre a iniciativa.
Conforme cronograma estabelecido pelo governo do Estado e empreendedores no meio do ano, a expectativa era de que neste mês de dezembro fosse definida a liberação da licença ambiental da térmica de gás natural liquefeito (GNL) de Rio Grande, caso o empreendimento atendesse a todos os requisitos legais. No entanto, esse tempo pode se alongar devido a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) quanto a mais informações sobre a iniciativa.
A presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e secretária do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (Sema), Ana Pellini, afirma que a solicitação foi feita durante a fase de audiência pública do licenciamento pela procuradora do Ministério Público Federal de Rio Grande, Anelise Becker. Entre os complementos exigidos, que podem atrasar o processo, é que o Ibama fosse ouvido sobre o assunto. Também foi requisitado alguns dados a mais sobre o impacto em peixes e riscos do terminal de GNL que alimentará a usina.
Devido a esses fatores, Ana diz que não é possível afirmar que o licenciamento será finalizado neste ano ainda (esse não seria o primeiro atraso em relação à licença, que anteriormente era esperada para agosto). No entanto, a secretária não acredita que o assunto se alongará por muito mais tempo. Além do licenciamento, documento essencial para que a iniciativa siga adiante, os empreendedores também aguardam pela decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a manutenção ou não da revogação da outorga de autorização do projeto.
A expectativa de agentes envolvidos com a questão era que a Aneel analisaria o tema na reunião ordinária realizada ontem, mas isso não ocorreu. Restam apenas mais duas sessões ordinárias da agência antes da conclusão do ano (dias 12 e 19). Se até lá não houver uma definição, o tópico ficará para 2018 ou será necessário convocar uma reunião extraordinária.
A usina em Rio Grande é planejada para uma capacidade de produção de 1.238 MW - o que equivale a cerca de um terço da demanda de eletricidade do Estado. O complexo contempla também a instalação de um terminal de GNL, com potencial para até 14 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia. Juntas, as estruturas representarão um investimento superior a R$ 3 bilhões. O projeto, que estava sob responsabilidade da gaúcha Bolognesi, está sendo repassado para a norte-americana New Fortress Energy. Porém, a Aneel observou dificuldades por parte dos empreendedores em cumprir o cronograma da usina (que precisa entrar em operação em 2021) e revogou a outorga da iniciativa. Os investidores ingressaram com recurso no órgão regulador para tentar reverter a posição.

Itaipu vai fornecer 6,876 mil MW para distribuidoras do País em 2018

Volumes refletem os novos valores de garantia física da usina

Volumes refletem os novos valores de garantia física da usina


/ITAIPU/DIVULGAÇÃO/JC
A usina de Itaipu poderá fornecer 6,876 mil megawatts médios para as distribuidoras de energia do País em 2018. Para o Paraguai, a usina vai produzir 896,1 MW médios. A usina de Itaipu fornece energia para as concessionárias que atuam nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Os volumes refletem os novos valores de garantia física da usina, que foi reduzida em 430 MW médios, para um total de 7,772 mil MW médios neste ano. Até o ano passado, a garantia física de Itaipu era de 8,2 mil MW médios. A garantia física representa o volume de energia que a usina pode entregar para o sistema elétrico.
A revisão dos valores de garantia física das usinas foi adiada por três anos. Os produtores eram contra esse recálculo, pois isso reduziria o volume de energia que eles poderiam comercializar. A revisão foi aplicada a todas as hidrelétricas do País e considerou a produção efetiva dessas usinas nos últimos anos.
A garantia física de Itaipu ainda pode passar por novo recálculo em razão da consulta pública realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que deve fazer ajustes no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).
O MRE funciona como um clube das hidrelétricas, por meio do qual as usinas compensam a produção menor de uma com a geração maior de outra. O balanço final resulta no risco hidrológico, que representa o déficit de produção do conjunto de hidrelétricas do País.