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Política

- Publicada em 28 de Novembro de 2017 às 18:24

Premiação de cinema gera polêmica entre deputados

Marcus Meneghetti
Parecia que nenhuma das cinco matérias na pauta de ontem da Assembleia Legislativa iria criar polêmica. Entretanto, o projeto da Mesa Diretora que cria o Festival Gaúcho de Nanometragem Eles por Elas - que vai premiar, anualmente, filmes de até 60 segundos com temas ligados à igualdade de gênero e ao enfrentamento da violência contra as mulheres - gerou um debate acalorado na tribuna. Apesar da discussão, a matéria foi aprovada por 33 votos a 15. 
Parecia que nenhuma das cinco matérias na pauta de ontem da Assembleia Legislativa iria criar polêmica. Entretanto, o projeto da Mesa Diretora que cria o Festival Gaúcho de Nanometragem Eles por Elas - que vai premiar, anualmente, filmes de até 60 segundos com temas ligados à igualdade de gênero e ao enfrentamento da violência contra as mulheres - gerou um debate acalorado na tribuna. Apesar da discussão, a matéria foi aprovada por 33 votos a 15. 
Quando o projeto entrou na ordem do dia, Marcel van Hattem (PP) e Tiago Simon (PMDB) acusaram o PT de usar o projeto para fazer apologia ao "marxismo cultural" e à "ideologia de gênero".
Contudo, a proposta é uma iniciativa alinhada ao Movimento ElesPorElas (HeForShe), uma campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulher de combate à violência contra as mulheres e à desigualdade entre os gêneros. Mas, para Van Hattem, "a ONU Mulher, uma entidade de esquerda, faz questão de misturar violência contra a mulher à ideologia de gênero".
"Se o órgão superior, a ONU Mulher, faz vídeos divulgando a ideologia de gênero, quem é ingenuo de achar que o órgão inferior, a Assembleia, não vai fazer também? Temos que denunciar isso", discursou. Tiago Simon também criticou não só a ONU Mulher, "mas também o PT, que opera no marxismo".
Depois de algumas falas, foi aprovada uma emenda que, entre outras alterações, retirava as expressões "gênero" do texto. Mesmo assim, os parlamentares continuaram contrários à proposta. "Os deputados tentam fazer média com os conservadores distorcendo a proposta. A pauta de gênero não é de esquerda ou de direita, é de todo mundo que é libertário. Não querer debater esses temas no século XXI é a volta para a Idade Média", avaliou Jeferson Fernandes (PT).
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