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Política

- Publicada em 20 de Novembro de 2017 às 22:39

Maia defende candidatura 'reformista' ao Planalto

Nome de centro-direita deve representar as reformas, diz Rodrigo Maia

Nome de centro-direita deve representar as reformas, diz Rodrigo Maia


/JEFFERSON BERNARDES/AGÊNCIA PREVIEW/JC
Marcus Meneghetti
Em visita a Porto Alegre para um debate sobre o momento político do Brasil, realizado ontem, durante um almoço no hotel Sheraton, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu uma candidatura "reformista" à presidência da República em 2018. Ele também sustentou que a votação da reforma da Previdência vai apontar quem realmente está comprometido com a agenda reformadora.
Em visita a Porto Alegre para um debate sobre o momento político do Brasil, realizado ontem, durante um almoço no hotel Sheraton, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu uma candidatura "reformista" à presidência da República em 2018. Ele também sustentou que a votação da reforma da Previdência vai apontar quem realmente está comprometido com a agenda reformadora.
Para Maia, as matérias que devem passar pelo Parlamento nas próximas semanas vão indicar quem realmente tem compromisso com a diminuição do Estado. "Até o começo do ano que vem, vamos votar a reforma da Previdência, a privatização da Eletrobras, ajuste fiscal, redução do tamanho do Estado. É aí que vamos ver quem realmente tem compromisso com essa agenda. Muita gente tem um discurso liberal, mas, na hora de registrar o voto, se posiciona contra essas medidas", analisou. 
Ele acredita que a apreciação dessas matérias deve influenciar o cenário eleitoral do ano que vem, uma vez que "essas votações vão dizer, com mais clareza, em que campo político está cada partido". Depois que as legendas estiverem "posicionadas", sustentou que as siglas "do campo de centro-direita têm que ter um candidato que represente as reformas".
Maia projetou uma "convergência de dois ou três partidos em torno de uma agenda de reformas para 2018". Garantiu também que trabalha para convencer o DEM a apresentar um nome ao Palácio do Planalto. Entre os possíveis candidatos, citou o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA). Descartou sua candidatura a qualquer cargo no Executivo. "Sou candidato a deputado federal", disse. 
Ao longo do seu pronunciamento, o presidente da Câmara dos Deputados abordou a reforma previdenciária em diversos momentos. Em um deles, disse que vai assumir a sua "responsabilidade" na condução da matéria na Câmara. Revelou também que os deputados da base aliada se reúnem amanhã, em Brasília, para ouvir economistas favoráveis às mudanças na aposentadoria propostas pelo Palácio do Planalto.
O Palácio do Planalto - através de Maia, principalmente - busca mobilizar os setores governistas que relutam em apoiar a reforma. Ele próprio admitiu que os deputados têm evitado se posicionar sobre o tema polêmico, depois do desgaste causado pelo arquivamento das duas denúncias de corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB): "A Câmara saiu muito machucada depois das denúncias. Admiro os deputados que votaram contra o seguimento (das investigações). Eu próprio votaria assim, se não fosse presidente".
Apesar da dificuldade em convencer a base aliada, Maia negou que a reforma ministerial do governo Temer - prevista para os próximos dias - tenha por objetivo acomodar aliados políticos em troca de apoio no Congresso Nacional.
"A reforma ministerial não tem nenhuma relação (com acomodação dos aliados). Houve a saída de um ministro (das Cidades,  Bruno Araújo, PSDB-PE), e surgiu a oportunidade de reorganizar a base. Claro que ajuda ter os aliados harmonizados. Mas não tem ninguém garantindo os votos para a Previdência", opinou o presidente da Câmara, que também defendeu a permanência do PSDB no governo.
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