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Opinião

- Publicada em 20 de Novembro de 2017 às 16:21

Sobre loterias: quem ganha e quem perde

Ele foi o mais notável sedutor do mundo. Espadachim, mestre do disfarce e muito talentoso, era sabido que nenhuma mulher conseguia resistir ao infalível charme de Casanova.
Ele foi o mais notável sedutor do mundo. Espadachim, mestre do disfarce e muito talentoso, era sabido que nenhuma mulher conseguia resistir ao infalível charme de Casanova.
Quando, certa feita, tendo conquistado o coração e engravidara uma jovem lindíssima, filha de um rico mercador de Veneza, foi por este processado e condenado à prisão e ao degredo, Casanova refugiou-se na Áustria, à época em guerra com a República Marinara di Venecia. Sem ter como se sustentar, pois nunca trabalhara sequer um dia na vida, solicitou audiência com o rei austríaco, cujas arcas monetárias se encontravam vazias, tantas guerras, aventuras e desventuras o monarca se aventurara e arrastara consigo toda a população do reinado. A proposta de Casanova foi a de que o rei deveria instituir a loteria em todo o território do empobrecido país.
O monarca, esclarecido pelo aventureiro italiano de que tipo de jogo se tratava, obtemperou de que o plano fracassaria, pois o sacrificado povo sob seu jugo estava sumamente empobrecido e a fome grassava por todos os rincões. "Exatamente por isso, majestade - afirmou, convicto, Casanova - o jogo lotérico dará certo, será um sucesso, e logo as burras do reino estarão transbordando de dobrões de ouro e prata." Esta é minha modesta visão do que são, quem neles se aventura, e quem ganha e perde nos jogos de azar.
Médico, membro da Academia Rio-Grandense de Letras
 
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