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- Publicada em 23 de Novembro de 2017 às 17:55

Clínicas instala Sino da Conquista para estimular crianças com câncer

Crianças são convidadas a tocar o sino quando finalizam tratamento oncológico

Crianças são convidadas a tocar o sino quando finalizam tratamento oncológico


CLÓVIS S. PRATES/DIVULGAÇÃO/JC
Suzy Scarton
Ao pensar em câncer infantil, a primeira imagem que pode vir à mente é a de desespero e tristeza. No entanto, ao entrar na unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, não é esse o cenário. Embora as crianças estejam doentes, o clima é de tranquilidade e, principalmente, de esperança. Para estimular esse sentimento, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e oncopediatra Mariana Michalowski e a equipe de recreação da unidade tiveram a ideia de instalar o Sino da Conquista.
Ao pensar em câncer infantil, a primeira imagem que pode vir à mente é a de desespero e tristeza. No entanto, ao entrar na unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, não é esse o cenário. Embora as crianças estejam doentes, o clima é de tranquilidade e, principalmente, de esperança. Para estimular esse sentimento, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e oncopediatra Mariana Michalowski e a equipe de recreação da unidade tiveram a ideia de instalar o Sino da Conquista.
Sempre que as crianças chegam ao final do tratamento, são convidadas a tocar o sino. "É algo que marca essas crianças e que dá esperança para outras, ainda em tratamento. Ver alguém curado, indo para casa, é uma mensagem de esperança", explica a médica. Na inauguração do sino, oito crianças foram chamadas - duas delas receberam alta oncológica, pois estão, há dez anos, sem precisar de tratamento. "São consideradas curadas, têm uma vida normal. Elas vivem sem limitações, embora possam surgir algumas complicações associadas aos quimioterápicos. Com a evolução da medicina, a tendência é que isso se torne raro", argumenta Mariana.
Quando se trata de câncer infantil, não existe prevenção primária, uma vez que a maioria das crianças não possui hábitos nocivos, como fumar ou beber. O importante é investir na prevenção secundária. "Ao perceber os sintomas, é importante chegar o mais rápido possível ao médico. Quanto antes for o diagnóstico, mais cedo o tratamento pode começar", argumenta.
A unidade oncológica do Clínicas possui 25 leitos, mas cerca de 80 crianças estão em tratamento atualmente no hospital. A neoplasia mais comum na infância é a leucemia linfoide aguda, cujo índice de cura varia entre 80% a 90%. Linfomas - neoplasias malignas que atingem órgãos e estruturas do sistema linfático - também são comuns, bem como o tumor do sistema nervoso central, cuja taxa de cura é um pouco menor, de cerca de 60%. "É o primeiro tumor sólido da infância. O cérebro é uma região delicada, então, depende de abordagem cirúrgica", esclarece.
A iniciativa do sino, já usada em outros hospitais, busca manter a alegria do cotidiano. "Elas têm outra forma de ver a vida. O adulto fica deprimido, pensando nas obrigações. Claro que a família sofre, a criança também, mas a maioria consegue manter essa alegria. Temos o papel de dar essa tranquilidade", explica Mariana. Para ajudar os pais, a ideia é desconstruir o pensamento de que câncer é sinônimo de morte - o tratamento pode ser difícil, pesado, mas tem boas taxas de cura. 
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