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Libertadores

- Publicada em 30 de Novembro de 2017 às 01:30

Tricampeão da América

Título teve a assinatura de Luan, autor de um golaço em La Fortaleza

Título teve a assinatura de Luan, autor de um golaço em La Fortaleza


/EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
Hugo de León, 1983. Adílson Batista, 1995. Pedro Geromel, 29 de novembro de 2017. Pelas mãos de mais um zagueiro, o Grêmio deu sequência a sina de defensores que levantaram a taça mais cobiçada da América. E não foi com sofrimento, com catimba ou com intimidação que o Tricolor chegou ao tricampeonato. Com a bola rolando, o Grêmio foi superior o tempo todo, dominou as ações e acabou com o fenômeno argentino do Lanús, protagonista de grandes viradas ao longo da competição. Ontem, quem gritou mais alto no estádio La Fortaleza foram os quase 6 mil gremistas que foram a Argentina e viram de perto o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense voltar a pintar a América de azul, preto e branco. Com o título, o clube gaúcho se junta a Santos e São Paulo, como os clubes brasileiros que mais venceram a Libertadores da América. E a cidade de Porto Alegre, assim como a capital paulista, soma cinco conquistas continentais.
Hugo de León, 1983. Adílson Batista, 1995. Pedro Geromel, 29 de novembro de 2017. Pelas mãos de mais um zagueiro, o Grêmio deu sequência a sina de defensores que levantaram a taça mais cobiçada da América. E não foi com sofrimento, com catimba ou com intimidação que o Tricolor chegou ao tricampeonato. Com a bola rolando, o Grêmio foi superior o tempo todo, dominou as ações e acabou com o fenômeno argentino do Lanús, protagonista de grandes viradas ao longo da competição. Ontem, quem gritou mais alto no estádio La Fortaleza foram os quase 6 mil gremistas que foram a Argentina e viram de perto o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense voltar a pintar a América de azul, preto e branco. Com o título, o clube gaúcho se junta a Santos e São Paulo, como os clubes brasileiros que mais venceram a Libertadores da América. E a cidade de Porto Alegre, assim como a capital paulista, soma cinco conquistas continentais.
O clima hostil fora das quatro linhas denunciado pelos cartolas gremistas foi esquecido assim que a bola rolou. A proposta inicial do Grêmio foi de uma marcação alta, sem deixar espaços para os argentinos. Com isso, os comandados de Renato Portaluppi trocavam passes em busca do ataque. E, aos nove minutos, a primeira chegada dos visitantes. Após boa troca de passes, Barrios ajeitou para Fernandinho, que bateu rasteiro, mas Andrada segurou firme, sem dar rebote. A resposta do Lanús veio no minuto seguinte, mas Silva pegou muito embaixo e a bola subiu, longe do gol de Marcelo Grohe.
Aos 27 minutos, Fernandinho deixou o sonho do tri mais próximo. A zaga do Lanús falhou no campo de ataque e perdeu a bola. O atacante gremista não quis saber de nada, avançou e disparou uma bomba na saída do goleiro Andrada, aumentando a vantagem gremista, abrindo o placar fora de casa. Atrás do marcador, os Ganates quase empataram com Velázquez, de falta, mas Grohe voou para salvar. No lance seguinte, Arthur meteu o pé, após chute de Edílson e quase marcou o segundo.
Superior, sem se importar com a torcida adversária, o Grêmio confirmou a atuação de luxo aos 41 minutos. Luan, com certeza o melhor jogador do torneio, saiu driblando toda defesa argentina e deu um toquezinho por cima do goleiro Andrada. Um golaço do camisa 7, calando de vez o estádio de La Fortaleza.
Como já era esperado, o Lanús começou o segundo tempo em cima. Claramente nervosos e sem conseguir ameaçar a defesa gremista, os argentinos só criaram uma jogada mais perigosa aos 11 minutos. Sand invadiu a área a trancos e barrancos, chutou a gol, mas acertou Bressan. No rebote, o próprio Sand acertou as redes, pelo lado de fora.
O Tricolor tinha o controle da partida e segurava o ímpeto argentino. Porém, aos 26 minutos, Acosta invadiu a área e foi empurrado por Jailson, pênalti para o Lanús. Sand deslocou Grohe e marcou seu nono gol na competição. E para dar um pouco mais de emoção nos minutos finais, Ramiro se envolveu em uma confusão com Marcone e acabou sendo expulso. Contudo não havia mais nada que tirasse a taça das mãos de Geromel. Pode gritar torcedor, tu és TRI campeão da América.
Lanús 1 x 2 Grêmio
Andrada; José Gómez, Herrera (Damián Moreno), Rolando García e Maxi Velázquez (Germán Denis); Marcone, Roman Martínez e Pasquini; Alejandro Silva (Matias Rojas), Lautaro Acosta e José Sand. Técnico: Jorge Almirón.
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Bressan (Rafael Thyere) e Cortez; Jaílson, Arthur (Michel), Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios (Cícero). Técnico: Renato Portaluppi.
Árbitro: Enrique Cáceres (Fifa/Paraguai).

Luan é eleito o melhor do torneio e eterniza ainda mais a camisa 7, consagrada por Portaluppi

Um jogador que já foi chamado de pipoqueiro, teve pipocas jogadas em seu automóvel na saída do CT Luiz Carvalho e teve questionado se assinaria um novo contrato com o Grêmio, podendo deixar o clube sem nenhuma resposta financeira. Mas Luan disse que isso não aconteceria de forma alguma. Em meio às semifinais, o camisa 7 renovou seu vínculo com o Tricolor e, ontem, foi o protagonista da partida ao marcar um golaço.
Agora, o menino que já havia auxiliado o Brasil na conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, foi escolhido o melhor jogador da América pela Conmebol e eterniza, ainda mais, o número 7, consagrado por Renato Portaluppi quando jogador. "Não poderia ser melhor, ser campeão e ainda ser escolhido o melhor do campeonato. Gostaria de agradecer a minha família, aos meus companheiros e a toda torcida que nunca deixou de apoiar e acreditar. Eu imagino que Porto Alegre está parada comemorando e que continue assim nesta quinta-feira, na sexta e emende até o final de semana. Agora é só comemorar. A gente sempre vinha batendo na trave. Nós merecíamos, está todo mundo de parabéns. Ao torcedor: vamos acabar com o planeta!", gritou Luan.

Presidente Romildo Bolzan Júnior coloca seu nome na história do clube

Três vezes prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior deixou a política partidária para ser dirigente do Grêmio. E colocou seu nome no seleto grupo de presidentes gaúchos que conquistaram a América. Como nas outras duas Libertadores (1983 e 1995), o mandatário foi Fábio Koff, Bolzan comandou o Grêmio na retomada da conquista do continente. Depois de 22 anos, a taça volta a ter o nome do Tricolor. Bolzan solidificou as finanças gremistas, devolveu a autoestima ao torcedor e recolocou o clube no trilho das grandes conquistas.
Se na partida na Capital, Bolzan criticou a arbitragem e entrou com recurso na Conmebol para tentar o cancelamento da punição a Kannemann, o que não ocorreu, além de pedir ao presidente da confederação, Alejandro Domínguez, uma atenção maior com a partida de volta, em La Fortaleza não teve do que reclamar. Ao contrário do primeiro jogo, a arbitragem foi impecável, assim como a atitude dos jogadores em campo.
Agora, tudo é Mundial de Clubes. O próximo compromisso oficial com o time titular será no dia 12 de dezembro, contra os mexicanos do Pachuca ou os marroquinos do Wydad Casablanca, em Abu Dhabi. No domingo, o time reserva encerra o Brasileirão, diante do Atlético-MG.

Ídolo, Portaluppi é o único brasileiro campeão como atleta e técnico

Comandante do tri saúda torcida e é carregado pelos jogadores

Comandante do tri saúda torcida e é carregado pelos jogadores


EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
Principal ídolo do Grêmio, Renato Portaluppi escreveu mais um capítulo na história do clube e do futebol brasileiro. Aos 55 anos, ele se tornou ontem o primeiro brasileiro campeão da Copa Libertadores como jogador e treinador. De quebra, as duas conquistas foram pelo mesmo clube, o Grêmio.
Sete jogadores já conquistaram o título da Libertadores como treinadores: os argentinos Humberto Maschio, Roberto Ferreiro, José Omar Pastoriza, Nery Pumpido e Marcelo Gallardo e os uruguaios Luis Cubillas e Juan Martín Mujica.
Renato teve participação no primeiro título gremista na principal competição Sul-Americana. Em 1983, ele participou do primeiro gol que originou a vitória da equipe sobre o Peñarol por 2 a 1. No mesmo ano, marcou os dois gols da vitória gremista sobre o Hamburgo por 2 a 1, na decisão do Mundial de clubes.
O comandante do tri gremista já havia tido a chance de disputar o título continental em 2008 e 2011. Na primeira, foi vice-campeão após perder a decisão com o Fluminense para os equatorianos da LDU. Três anos depois, dirigiu o Grêmio, que caiu nas oitavas de final da Libertadores para a Universidad Católica, do Chile.
O treinador aproveitou a conquista para usar sua tradicional irreverência e agradecer algumas pessoas em especial. "Estou muito feliz. Queria agradecer ao seu Verardi (Antônio Carlos, superintendente do clube), Paulo Sant'Ana (jornalista identificado com o clube, que faleceu este ano) e ao Valdir Espinoza (trabalhou com Renato parte desta temporada). Eu queria que alguém acordasse o prefeito de Porto Alegre e avisasse ao (Nelson) Marchezan, que eu estou declarando feriado facultativo em Porto Alegre. Comemorem torcedores gremistas. E gostaria, também, de parabenizar o Inter pelo retorno à Série A e dizer que eles podem aproveitar esse feriado. Afinal, o Papai Noel é gremista", brincou Portaluppi. Sobre a estátua, o técnico provocou: "Se não sair desta vez, eu desisto."