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Vinhos e Espumantes

- Publicada em 24 de Novembro de 2017 às 15:31

Villa Bari: os segredos do vinhateiro de Porto Alegre

Local é um oásis para o cultivo das varidades cabernet sauvignon, cabernet franc, merlot e tannat

Local é um oásis para o cultivo das varidades cabernet sauvignon, cabernet franc, merlot e tannat


VINÍCOLA VILLA BARI/DIVULGAÇÃO/JC
Quando se pensa em vinho brasileiro, logo vêm à mente os terroirs mais badalados, como o Vale dos Vinhedos, a campanha gaúcha ou até mesmo o Vale do São Francisco. Mas você acreditaria se alguém dissesse que tem vinho, e do bom, sendo produzido em plena Porto Alegre? Pois saiba que tem, sim. E já faz tempo. Mais precisamente desde o começo dos anos 2000, quando Luiz Alberto Barichello engarrafou os primeiros rótulos de um sonho que chamou de Villa Bari.
Quando se pensa em vinho brasileiro, logo vêm à mente os terroirs mais badalados, como o Vale dos Vinhedos, a campanha gaúcha ou até mesmo o Vale do São Francisco. Mas você acreditaria se alguém dissesse que tem vinho, e do bom, sendo produzido em plena Porto Alegre? Pois saiba que tem, sim. E já faz tempo. Mais precisamente desde o começo dos anos 2000, quando Luiz Alberto Barichello engarrafou os primeiros rótulos de um sonho que chamou de Villa Bari.
Este improvável terroir está localizado na Vila Nova, no sinuoso caminho da estrada Belém Velho. É preciso estar muito atento para ver, a partir da via, a extensão de vinhedos que cresce no solo granítico dos morros da zona sul da Capital. A mistura de amplitude térmica, boa drenagem, baixa concentração de nutrientes no solo e fontes de água mineral subterrâneas faz daquele pedacinho da cidade um oásis para o cultivo das variedades cabernet sauvignon, cabernet franc, merlot e tannat, que dão origem a, no máximo, 5 mil garrafas de vinho por ano. "Sou um artesão, por isso a produção é pequena. E, em anos de safra ruim, simplesmente não faço vinho", afirma Barichello. Com os cerca de 600 ou 700 quilos de chardonnay que ele consegue colher - descontada aí a parcela que os pássaros comem -, o vinhateiro faz pequenas quantidades de espumante, somente para o consumo próprio e para o deleite dos amigos.
Natural de Garibaldi, Barichello via o pai e o avô produzirem o próprio vinho, para o consumo da família. Depois de uma bem-sucedida carreira como executivo, foi encontrar a felicidade no que realmente amava: fazer vinhos, como seus antepassados. A primeira incursão neste universo foi na Itália, na região da Valpolicella, onde conviveu e aprendeu com grandes fabricantes do lendário Amarone, um vinho muito potente, ícone italiano daquela região, feito com uvas semidesidratadas. Ao experimentar o terroir de Porto Alegre, percebeu as semelhanças com a Valpolicella e decidiu se inspirar no grande Amarone para fazer seus vinhos por aqui. A cada colheita, leva as uvas para uma câmara fria, onde elas se desidratam por um tempo, para perder líquido e concentrar os açúcares, e depois segue o processo normal de vinificação.
O resultado disso são dois rótulos: o Gran Rosso e o Rosso in Legno, vinhos potentes, de grande potencial de guarda, com graduação alcoólica alta e muito corpo e estrutura. Tanto que, para apreciá-los, o ideal é deixá-los abertos ou repousando em um decanter por meia hora a 45 minutos. Grande parte da produção é vendida pela internet e exportada para países como os Estados Unidos.
O amor de Barichello pelo vinho é a mola propulsora da sua vida. Porém somente metade do seu coração está nos vinhedos da Vila Nova. A outra metade está na pequena vila de San Casciano, a 30 minutos de Florença, na região da Toscana, onde está a vinícola Vila Triturris, outro sonho deste apaixonado.
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