A carga tributária brasileira continua sendo apontada como o principal fator impeditivo para o crescimento das vendas do setor atacadista do Rio Grande do Sul. Os altos impostos foram citados por 64,7% dos proprietários de estabelecimentos ouvidos nas Sondagens de Segmentos que a Fecomércio-RS realiza a cada semestre com o objetivo de criar um perfil das áreas pesquisadas e orientar as ações dos sindicatos da base da federação. A sondagem ouviu responsáveis por 385 empresas atacadistas do Estado no período de 10 a 20 de outubro. A maior parte (63,6%) das empresas consultadas está no mercado há mais de 10 anos.
A concorrência (27,3%) e a baixa demanda (19,7%) figuram na sequência como gargalos que impedem a expansão dos negócios. Para 47,0% dos entrevistados, o desempenho de vendas nos últimos seis meses foi regular, e a expectativa para 55,1% dos empresários é de que os negócios melhorem um pouco nos próximos seis meses. Embora as vendas não estejam em um nível satisfatório para a maioria, 57,7% das empresas afirmaram que utilizam recursos próprios/sócios para realizar investimentos. Recorrer a bancos e cooperativas é alternativa para 24,7%.
Entre os 385 estabelecimentos ouvidos, 47,8% afirmaram que a empresa não está em situação de endividamento, 29,1% estão com dívidas controladas e 7,5% indicam alto nível de endividamento. Em relação às finanças, 60,3% das empresas admitiram que realizam uma análise sobre a situação financeira da empresa todos os meses. A frequência semanal foi apontada por 15,6%. Ainda em relação às finanças, 63,9% afirmaram que a empresa dispõe de um controle informatizado de vendas e de estoques. Em 84,4% desses estabelecimentos do ramo atacadista, existe uma clara separação das finanças dos negócios e dos donos.