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consumo

- Publicada em 23 de Novembro de 2017 às 22:27

Anúncio falso na Black Friday requer cuidado

Consumidores devem cuidar com vírus camuflados em anúncios e problemas na entrega de itens

Consumidores devem cuidar com vírus camuflados em anúncios e problemas na entrega de itens


MARIANA CARLESSO/JC
A publicidade aparece ininterruptamente pela internet até a véspera da Black Friday, que é nesta sexta-feira (24); e, com ela, as fraudes podem estar camufladas em anúncios falsos com preços enganosos e vírus introduzidos em links, compartilhados principalmente via redes sociais e sites. Outra atitude preventiva para evitar decepções é acompanhar postagens na página e perfil da empresa na internet para saber se há mais reclamações do que elogios. 
A publicidade aparece ininterruptamente pela internet até a véspera da Black Friday, que é nesta sexta-feira (24); e, com ela, as fraudes podem estar camufladas em anúncios falsos com preços enganosos e vírus introduzidos em links, compartilhados principalmente via redes sociais e sites. Outra atitude preventiva para evitar decepções é acompanhar postagens na página e perfil da empresa na internet para saber se há mais reclamações do que elogios. 
O alerta é dado pelas empresas que lidam com segurança na rede, que têm a missão de detectar os criminosos cibernéticos. A Nodes Tecnologia, de São Paulo, por exemplo, recomenda que os consumidores recobrem a atenção e não arrisquem em abrir e-mails com ofertas suspeitas. 
O diretor da Nodes Tecnologia, Eduardo Lopes, cita que identificou, na primeira semana de novembro, um falso e-mail em nome de uma grande loja de departamentos com uma oferta de uma Smart TV LED Ultra HD por R$ 1.049,00. "Quando, na realidade, o preço gira em torno de R$ 4 mil", conta Lopes.
Esse anúncio está sendo distribuído no Brasil inteiro e, conforme o diretor, os criminosos cibernéticos aproveitam o período em que o consumidor pesquisa preços dos itens de interesse e também quando os lojistas iniciam a divulgação de suas ofertas. "É importante que o público adquira uma assinatura anual de solução antivírus avançada com capacidade de antecipar proteção contra essas ações fraudulentas", sugere o diretor da Nodes.
Para o especialista em Direito do Consumidor Gleiber Pretti, o mais importante nesta sexta é o consumidor não se empolgar para realizar compras rapidamente. A dica é que a pessoa compre após muita pesquisa. "Quando for comprar via martketplace (que é o ambiente de venda no ambiente virtual), o público deve verificar nos comentários existentes as reclamações ou elogios daquela loja", indica Pretti, que visualiza constantemente anúncios de compras imperdíveis e a decepção da entrega não concretizada.
Pretti alerta também que é preciso calma quando se trata da distribuição de produtos de grande porte também, já que, no período, a demanda é grande. "Essas lojas conhecidas preservam o seu nome e normalmente resolvem qualquer tipo de problema que venha a aparecer", afirma.
De qualquer forma, a dica é, caso haja falha ou demora excessiva no recebimento da encomenda, que o consumidor procure o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do varejo ou faça um comentário de forma técnica no site da loja. "Informando o ocorrido sem ofender a empresa", orienta o especialista. Dessa forma, o retorno será facilitado, aposta.

Procon alerta para sites com 'Black Fraude'

Com a chegada da Black Friday no Brasil, o consumidor não deve fechar os olhos para a "Black Fraude", termo usado pelo público ao identificar sites e-commerce falsos compartilhados na internet. O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor RS (Procon-RS) divulgou uma lista 250 sites não recomendados para efetuar compras nesta sexta-feira. A relação foi inspirada nas informações publicadas pelo Procon-SP no início de novembro. Os links são de lojas virtuais de âmbito nacional que costumam apresentar elevados índices de reclamações por atraso nas entregas e até falsas distribuições de produtos.
Ao acessar os links, é perceptível a semelhança dos leiautes e lista de produtos, que, inclusive, apresentam poucas informações e não possuem fotos reais dos itens para identificação. Em outros, não é possível encontrar nem dados de localização, telefone ou e-mail. A relação publicada pelo Procon estadual pode ser acessada sem riscos no próprio site do órgão.
Em Porto Alegre, o Procon municipal, que também monitora as lojas virtuais e físicas, criou uma lista dos produtos com menor preço. Entre as e-commerces aparecem descontos de livros, eletroportáteis, eletrodomésticos, entre outros. Saraiva, Carrefour, Extra, Fast Shop e Magazine Luiza foram as fontes consultadas. A relação também pode ser conferida no site do Procon Porto Alegre.

Tempo de preparação e estoques maiores marcam edição deste ano

Uma das maiores datas para o comércio brasileiro, em especial para o eletrônico, a Black Friday deste ano conta com alguns ventos a favor. O setor de eletrônicos, uma das principais categorias-alvo de promoções na data, apresenta recuperação, e o câmbio favoreceu a composição dos estoques.
O gerente de Marketing e Comunicação da Sony Brasil, Marcelo Gonçalves, afirma que, em 2017, as conversas entre varejistas e fornecedores para a Black Friday começaram já no início do ano. As compras dos varejistas junto à indústria também foram maiores. "Neste ano, melhorou muito o nível de estoque no varejo daqueles produtos que consideramos que são as principais ofertas", comenta. A expectativa da Sony, com base em dados da GfK, é de que as vendas de Black Friday cresçam 15% para os equipamentos eletrônicos.
A disponibilidade de produtos em oferta também ganha mais força, porque as indústrias têm investido ainda em estratégias digitais, como a venda direta ao consumidor por e-commerce. Essas iniciativas, segundo o diretor-geral da Infracommerce, Luiz Pavão, são uma forma de aumentar a margem, mas geram um desafio para evitar conflitos entre canais.
"Nesta Black Friday, a presença de fabricantes vendendo diretamente certamente será muito maior, é uma tendência", diz Pavão. Para evitar conflitos com outros canais de venda, no entanto, os meios digitais tendem a concentrar as vendas de itens que não têm grande penetração no varejo tradicional.
Um dos motivadores desse cenário mais otimista da Black Friday é a maior estabilidade do câmbio, que permitiu um planejamento mais assertivo de longo prazo. Em 2016, a intensa volatilidade vinha dificultando as negociações de preço entre varejistas e fornecedores, sobretudo no mercado de eletrônicos, onde a presença de componentes importados é relevante. O cenário macroeconômico também tem possibilitado uma recuperação das vendas de eletrônicos.