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Economia

- Publicada em 21 de Novembro de 2017 às 18:39

Inesfa sugere que Gerdau se beneficia da compra da Votorantim pela Arcelor

O Inesfa, entidade que representa as empresas de sucata, matéria-prima utilizada na fabricação do aço longo, sugeriu que a Gerdau vê benefício com a compra da Votorantim Metais pela ArcelorMittal, transação que será analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) até março do próximo ano.
O Inesfa, entidade que representa as empresas de sucata, matéria-prima utilizada na fabricação do aço longo, sugeriu que a Gerdau vê benefício com a compra da Votorantim Metais pela ArcelorMittal, transação que será analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) até março do próximo ano.
O advogado do Inesfa, André de Almeida, disse, em evento organizado pela entidade na capital paulista, que o mercado de aços longos no Brasil é dominado, na prática, apenas por quatro grupos: Votorantim Metais, ArcelorMittal, CSN e Gerdau.
O instituto, assim como a CSN, é parte interessada no ato de concentração em análise. Já a Gerdau, maior concorrente da Arcelor no Brasil na produção de aços longos, não fez o pedido para ser parte interessada. A siderúrgica disse enxergar a operação em questão como neutra do ponto de vista concorrencial. Segundo Almeida, causa muita estranheza essa falta de posicionamento. Com a aprovação da transação, dois grupos seriam responsáveis por 90% do mercado. A CSN estreou mais recentemente no mercado de aços longos.
O Inesfa aponta que esse mercado possui, dessa forma, poucos compradores da sucata e muitos produtores da matéria-prima, configurando, assim, um mercado oligopsônico. Segundo dados do Inesfa, o setor de sucata ferrosa é composto hoje por 5.600 empresas, que movimentam anualmente uma receita operacional líquida de cerca de R$ 6,3 bilhões.
O ex-presidente do Cade e sócio-fundador do GO Associados, Gesner Oliveira, disse que, nesse mercado, a falta de concorrência pode resultar em excesso de poder de mercado e de compra aos fabricantes de aços longos, gerando redução exagerada do preço da sucata, inibindo um setor que é ambientalmente positivo. A entidade diz ainda que, com o preço da sucata em queda, o resultado ambiental pode ser significativo. De outro lado, Oliveira cita ainda que essa concentração provoca ainda encarecimento do aço longo, prejudicando a construção civil.
A ArcelorMittal rebateu as críticas feitas pelo Inesfa e disse que para a empresa, a transação em questão gera "sinergias significativas" e que a relação de compra de sucata, caso a operação seja aprovada, não será alterada.
"É importante ressaltar que a operação em questão não altera esse panorama. A ArcelorMittal continuará fiel a sua política de lidar com fornecedores de portes diversos em termos e condições justas, buscando concorrer de modo eficiente em benefício dos consumidores", afirma, em nota, a ArcelorMittal.
 
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