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Conjuntura

- Publicada em 16 de Novembro de 2017 às 13:01

Economia do Rio Grande do Sul encolheu 4,6% em 2015

Com maus resultados na indústria e no comércio, que sentiram os impactos da paralisação nos investimentos e da queda na confiança do consumidor por conta da recessão nacional, o Rio Grande do Sul teve um dos piores resultados econômicos em 2015. Em volume, o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho encolheu 4,6% naquele ano, terceiro pior resultado do País (que, como um todo, sofreu uma queda de 3,5% em 2015), e a maior redução desde 1995, quando a economia gaúcha encolheu 5%.
Com maus resultados na indústria e no comércio, que sentiram os impactos da paralisação nos investimentos e da queda na confiança do consumidor por conta da recessão nacional, o Rio Grande do Sul teve um dos piores resultados econômicos em 2015. Em volume, o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho encolheu 4,6% naquele ano, terceiro pior resultado do País (que, como um todo, sofreu uma queda de 3,5% em 2015), e a maior redução desde 1995, quando a economia gaúcha encolheu 5%.
O cálculo definitivo da movimentação da economia estadual em 2015 foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). Embora divulguem estimativas iniciais a cada trimestre, há um espaço de cerca de dois anos para a apuração do resultado definitivo. A estimativa inicial do PIB gaúcho para 2015, aliás, havia sido mais otimista, projetando, à época, uma redução de 3,4%.
"Esse foi o momento mais agudo do impacto da recessão nacional no Estado, principalmente no segundo semestre", analisa o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha. Na primeira metade de 2015, comenta o economista, ainda havia um atenuante com a grande safra de grãos. No ano, como um todo, a agropecuária apresentou crescimento de 9,5% - quando analisada apenas a agricultura, o desempenho foi ainda melhor, com uma expansão de 13,9%, o que ajudou a amenizar as perdas nos outros setores.
Estados com mais participação do campo em sua estrutura, inclusive, como Mato Grosso do Sul (-0,3%), Tocantins (-0,4%) e Mato Grosso (-1,9%) tiveram resultados melhores do que a média nacional. "Os mais atingidos foram aqueles onde o setor industrial tem maior importância", comenta Rocha, citando o caso de Amazonas, que caiu 5,4%, e o próprio Rio Grande do Sul. No caso gaúcho, o setor secundário sofreu ainda mais pelo perfil das fábricas, mais voltadas a setores como o metalmecânico e o de transporte, que apresentaram grandes quedas no ano pela paralisação nos investimentos com a crise nacional.
Outras situações de 2015, como o aumento do desemprego e da inflação, puxada pelo reajuste dos preços administrados e pela desvalorização cambial, também trouxeram prejuízo aos serviços. O setor encolheu 3,7% no Estado naquele ano. Quando visto apenas o comércio, entretanto, a queda foi ainda maior, de 9,4%. "É sinal de uma atitude mais defensiva do consumidor, que sabia que poderia perder o emprego, além da queda de renda pela inflação e alta no dólar", explica Rocha, que acrescenta como causa ainda a restrição no crédito.
Em termos nominais, o PIB gaúcho chegou a R$ 382 bilhões em 2015, o que, por incrível que pareça, aumentou a participação do Estado no PIB brasileiro, de 6,2%, em 2014, para 6,4%, mantendo a quarta posição entre as unidades federativas
O PIB do Brasil em 2015 foi de R$ 5,996 trilhões. São Paulo somou R$ 1,940 trilhão, seguido por Rio de Janeiro (R$ 659 bilhões) e Minas Gerais (R$ 519 bilhões). Os três estados com menor atividade econômica foram Roraima (R$ 10,354 bilhões), Acre (R$ 13,622 bilhões) e Amapá (R$ 13,861 bilhões).
"Em volume, o Rio Grande do Sul caiu mais do que o País, mas nossos preços aumentaram mais, compensando a queda", explica Rocha. Tanto os preços agrícolas quanto a própria desvalorização cambial, que aumentam o valor para os exportadores do campo e mesmo de setores da indústria, ajudaram nesse sentido.
Em valores per capita, o Estado atingiu R$ 33.960,36, valor 15,8% maior do que o PIB por pessoa brasileiro, que ficou em R$ 29.326,33. O Estado ficou em quinto lugar nesse critério, atrás de DF, São Paulo, Rio e Santa Catarina, ganhando uma posição em relação a 2014.
 

PIB recuou em todos os estados em 2015 pela primeira vez, revela IBGE

São Paulo respondeu por 32,4% de toda a riqueza do País naquele ano

São Paulo respondeu por 32,4% de toda a riqueza do País naquele ano


/NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Todos os estados brasileiros registraram queda no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 ante 2014, segundo os dados das Contas Regionais, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira vez que todas as unidades da federação registraram queda no PIB em um mesmo ano desde o início da série histórica das Contas Regionais, iniciada em 2002.
O PIB de São Paulo, que respondeu por 32,4% do total do País, recuou 4,1%, acima da média nacional de 3,5%, conforme o dado definitivo. Em 2014, São Paulo respondeu por fatia um pouco maior (32,4%) do PIB total, mas, desde o início da série histórica, a perda é de 2,5 ponto percentual. Em 2002, São Paulo respondia por 34,9% do PIB brasileiro.
Outros estados com grande peso no PIB também foram destaque de queda. O PIB de Minas Gerais recuou 4,3% em 2015 ante 2014. O PIB do Rio de Janeiro encolheu menos do que a média nacional, com recuo de 2,8%. Juntos, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná responderam por 64,7% do PIB nacional.
O pior desempenho regional ficou com o Amapá, que viu seu PIB tombar 5,5% em 2015. O melhor desempenho ficou com o Mato Grosso do Sul, cujo PIB encolheu apenas 0,3%. Logo em seguida veio Roraima, com perda também de 0,3%.