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Agronegócios

- Publicada em 09 de Novembro de 2017 às 18:16

Conab estima diminuição na safra de grãos

Previsão para área plantada de soja é de 35,3 milhões de hectares

Previsão para área plantada de soja é de 35,3 milhões de hectares


/CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
A safra de grãos 2017/2018 deverá registrar redução de 4,4% a 6,2% em relação à safra passada, de acordo com levantamento divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é que a produção gire de 223,3 milhões a 227,5 milhões de toneladas.
A safra de grãos 2017/2018 deverá registrar redução de 4,4% a 6,2% em relação à safra passada, de acordo com levantamento divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é que a produção gire de 223,3 milhões a 227,5 milhões de toneladas.
A safra de 2016/2017 registrou 238 milhões de toneladas de grãos, a maior da história do Brasil. Segundo a Conab, a marca foi alcançada graças às boas condições climáticas, cenário que pode não se repetir no período do plantio e da colheita de 2017/2018.
"A safra passada foi excepcional em termos de produtividade; para este ano, também temos um prognóstico de uma excelente safra. Tivemos um pequeno atraso no plantio, mas, em algumas regiões, o clima está até melhor. As probabilidades apresentadas hoje são questões teóricas, temos que ver efetivamente o que vai acontecer, tendo em vista que o clima é uma variável que não se pode controlar", disse o secretário substituto de política agrícola do Ministério da Agricultura, Sávio Pereira.
Ainda de acordo com o Pereira, um fator que poderá ser favorável para que a safra deste ano possa alcançar a produção anterior é o crescimento da área plantada. "Podemos ter um crescimento de até 2% na área plantada. Isso é muito importante. Nos últimos sete anos, a área plantada no Brasil cresceu cerca de 11 milhões a 12 milhões de hectares. Isso representa 1,7 milhão de hectares por ano", destacou.
Segundo a pesquisa, os principais grãos cultivados no Brasil, a soja e o milho, deverão responder por cerca de 89% de toda a produção. A expectativa é que a colheita da soja fique entre 106,4 milhões e 108,6 milhões de toneladas. Já a do milho pode ficar entre 91,6 milhões e 93,1 milhões de toneladas.
A cultura do milho corresponde a uma área de cerca de 637,6 mil hectares. No caso da soja, responsável por quase a metade de toda a produção de grãos no País, a área plantada chega aos 35,3 milhões de hectares.
A Conab ainda estima que culturas como a de algodão, feijão-comum preto, mamona e o amendoim deverão ter crescimento na área plantada e também na produção. A pesquisa da Conab foi feita nos principais centros produtores do País, entre os dias 23 e 27 de outubro.
 

No Rio Grande do Sul, expectativa é de redução em todas as principais culturas

No Rio Grande do Sul, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também é de queda na produção de grãos em relação à safra passada. É estimada uma colheita total de 32,7 milhões a 33,8 milhões de toneladas nas lavouras gaúchas. Dessa forma, em relação a 2016/2017, a redução deve variar entre -8,6% e -5,7%.
A maior queda deve ocorrer no trigo, que já está sendo colhido. A Conab espera uma diminuição de 38,4% na colheita tritícola gaúcha, passando de 2,497 milhões de toneladas em 2016 para 1,538 milhão de toneladas em 2017.
Nos grãos de verão, a maior redução deve ocorrer na soja, com queda de até 19,4% ante 2016, alcançando 4,847 milhões de toneladas. Parte da diminuição deve-se à perda de espaço para a soja. Segundo a Conab, a área plantada de milho no Estado deve cair de 7,6% a 16,4%, alcançando um teto de 743,7 mil hectares.
Já a soja deve ter um incremento de área entre 1% e 3%, ficando em torno de 5,7 milhões de hectares. Mesmo assim, a cultura da oleaginosa deve ter uma queda de 5,5% a 7,4% na produção em relação ao ano passado, não ultrapassando 17,68 milhões de toneladas.
Para o arroz, a perspectiva é de queda na produção entre 3,7% e 6,1%, alcançando, no máximo, 8,4 milhões de toneladas. A área plantada, em relação a 2016, pode cair até 2,6%, chegando a 1,072 milhão de hectares.