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Indústria automotiva

- Publicada em 08 de Novembro de 2017 às 18:40

Anfavea vê retomada do mercado de veículos

Vendas internas para este ano devem atingir 2,2 milhões de unidades

Vendas internas para este ano devem atingir 2,2 milhões de unidades


MARCO QUINTANA/JC/MARCO QUINTANA/JC
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirmou que a indústria observa os primeiros sinais de recuperação, mas destacou que vê com preocupação o andamento da reforma da Previdência. "A não aprovação da reforma pode atrapalhar investimentos no Brasil todo se os agentes econômicos avaliarem que o País tem maior dificuldade de fazer seus ajustes de contas. As decisões de investimento podem ser comprometidas mais à frente", disse, após a apresentação dos dados de outubro.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) afirmou que a indústria observa os primeiros sinais de recuperação, mas destacou que vê com preocupação o andamento da reforma da Previdência. "A não aprovação da reforma pode atrapalhar investimentos no Brasil todo se os agentes econômicos avaliarem que o País tem maior dificuldade de fazer seus ajustes de contas. As decisões de investimento podem ser comprometidas mais à frente", disse, após a apresentação dos dados de outubro.
Megale afirmou que a Anfavea está esperando algum desfecho dessa situação para definir suas projeções para 2018. "Estamos vendo movimentação do Congresso para apoio das reformas. Sem avanço das reformas, isso pode prejudicar o desenvolvimento do País", reforça. Mas ele completou que o crescimento da produção no ano que vem deve ser maior que o de 2016, "chegando próximo dos dois dígitos".
Para este ano, a Anfavea não alterou suas previsões. Para a produção de veículos, espera 2,7 milhões, aumento de 25,2% ante 2016. No caso das vendas internas, a projeção é de 2,2 milhões neste ano, o que representará alta de 7,3% em relação ao ano passado. Já para a exportação, a expectativa é de 745 mil unidades, elevação de 43,3% ante 2016, e, segundo Megale, será um recorde histórico.
No caso da reforma trabalhista, o presidente da Anfavea elogiou a medida e disse que a principal mudança para o setor é a maior segurança jurídica para negociar com os sindicatos. Segundo ele, mesmo acordos que beneficiam também os empregados são questionados na Justiça. "Há outras mudanças que estão em fase de avaliação, mas sobre esse ponto já temos segurança a partir do dia 11." Megale também afirmou que a queda de ações trabalhistas possibilitadas por esse novo instrumento também dará maior confiança ao empresário para contratações, estimulando-as.
Megale afirmou que a expectativa é que a legislação do Rota 2030, novo regime automotivo que deverá suceder o Programa Inovar-Auto, deve ser publicada até o fim do ano. O Inovar-Auto se encerra em 31 de dezembro. Contudo, Megale avaliou que essa legislação será somente um primeiro esboço e que a indústria continuará a debater outros pontos, principalmente de logística e infraestrutura.
"O Rota 2030 vem trazer uma política de longo prazo, mas entendemos que a medida provisória deve ser um primeiro esboço. Vamos continuar trabalhando em questões setoriais", disse ele em coletiva, após a apresentação dos dados do setor de outubro.
Segundo Megale, no novo programa, a sobretaxa do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) deve ser de 10% a 15%, enquanto no Inovar-Auto era 30%. Depois, se as montadoras cumprirem algumas metas de eficiência energética e de segurança, por exemplo, segundo Megale, podem obter descontos sobre essa taxa.
O executivo mostra otimismo com as exportações do setor, que, no acumulado do ano, chegaram a 627,8 mil unidades e devem alcançar um recorde em 2017, segundo a estimativa de 745 mil unidades embarcadas da associação. Contudo, o presidente da Anfavea diz que há uma preocupação sobre a retenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por parte dos governos estaduais, principalmente de São Paulo. Megale avalia que, caso esses recursos não sejam devolvidos às montadoras, poderá haver desestímulo à exportação.

Produção industrial cresce em 13 de 15 regiões, diz IBGE

A produção industrial cresceu em 13 dos 15 locais pesquisados no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na média global, o setor industrial cresceu 3,1% no terceiro trimestre de 2017, a taxa positiva mais elevada desde o segundo trimestre de 2013, quando avançou 5,1%.
Houve, ainda, aumento no ritmo de produção na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para
Bahia (de -6,3% no segundo trimestre para 5,6% no terceiro trimestre), Mato Grosso (de -2,7% para 7,4%), São Paulo (de -0,2% para 5,4%), Paraná (de 1,9% para 6,8%) e Goiás (de -1,4% para 3,5%).
Por outro lado, houve desaceleração no ritmo de crescimento do Espírito Santo (de 5,0% no segundo trimestre para 0,2% no terceiro trimestre), além de perda relevante no Rio Grande do Sul (de 2% para -1,4%).
Em São Paulo, a alta de 5,4% na indústria local no terceiro trimestre foi mais acentuada desde o segundo trimestre de 2013, quando tinha crescido 9,1%.
O resultado foi puxado pela maior produção de derivados da cana-de-açúcar e de veículos automotores, tanto de bens de capital para meios de transporte como de automóveis. O parque industrial paulista responde por 33% de toda a indústria brasileira.