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Energia

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 20:41

Projeto mantém apenas 40% da Eletrobras sob controle público, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta terça-feira, que os projetos de lei que o governo enviará para permitir a privatização da Eletrobras vão prever que o Executivo só ficará com 40% das ações da empresa. Hoje, a União tem 60% das ações. Segundo Maia, esses 40% poderão serão vendidos no futuro, quando a estatal estiver mais valorizada no mercado.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta terça-feira, que os projetos de lei que o governo enviará para permitir a privatização da Eletrobras vão prever que o Executivo só ficará com 40% das ações da empresa. Hoje, a União tem 60% das ações. Segundo Maia, esses 40% poderão serão vendidos no futuro, quando a estatal estiver mais valorizada no mercado.
"O governo vai encaminhar de uma forma pela qual você não vai vender todas suas ações por um preço menor agora. Você vai vender parte delas, vai ficar com 40% das ações e, com isso, ao longo do tempo, com a melhor qualidade da gestão privada, o Brasil poderá, no futuro, ou manter sua participação recebendo dividendos, ou vender sua participação com suas ações mais valorizadas do que neste momento", declarou Maia.
"Hoje, ele (o governo) tem 60%, vai ficar com 40% para vender depois esses 40% por um valor maior. Foi o que entendi da tramitação que foi feita ontem pelo ministro (de Minas e Energia), Fernando Coelho", reforçou o presidente da Câmara, que elogiou o envio da proposta por projeto de lei, e não por Medida Provisória (MP), como queria parte da equipe econômica. "Acho que é o caminho certo", afirmou Maia, que vem criticando o excesso de MPs editadas pelo Executivo.
Domingo passado, em Madri, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, tinha dito que o governo estava empenhado em diluir sua participação na Eletrobras, mesmo que isso ocorresse durante o processo de emissão de ações, que está em fase de modelagem neste momento.
A projeção do ministro é a de que a participação atual, de cerca de 60% na companhia, cairá para algo em torno de 40%, mesmo percentual informado por Maia, mas considerado pelo mercado financeiro como uma presença ainda muito grande da União.
 

Venda da estatal trará mais eficiência ao setor energético, afirma Henrique Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que o objetivo da privatização da Eletrobras é que a venda da empresa ao setor privado traga maior eficiência e concorrência ao setor de energia. "A entrada de capital privado na Eletrobras vai viabilizar investimentos, e certa parte vai ser direcionada a fundo de amortecimento de variação de preços em situações como a atual, onde há seca." A entrada de capital privado deve dar maior transparência à gestão na companhia, ressaltou o ministro. "Temos que assegurar a perenização deste processo de boa gestão na Eletrobras."
Ao defender a privatização da Eletrobras, Meirelles ressaltou que a venda da Telebrás ao setor privado, no final dos anos 1990, barateou o acesso aos telefones no Brasil. "Naquela época, uma linha telefônica era vendida em São Paulo por US$ 5 mil. Isso mostrava uma grave deficiência do sistema." A mesma ideia é que esse processo de modernização que passou o setor de telefonia ocorra também no setor elétrico. Perguntado dos motivos que levaram o governo a definir a privatização por meio de projeto de lei, Meirelles afirmou que medida provisória deve ser uma medida emergencial.