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Consumo

- Publicada em 07 de Novembro de 2017 às 18:36

Natal deve ter primeira deflação dos últimos 17 anos

Maiores quedas de preços são registradas em smartphones, de 9,1%

Maiores quedas de preços são registradas em smartphones, de 9,1%


/ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP PHOTO/JC
O varejo brasileiro poderá registrar variação negativa de preços (deflação) neste Natal pela primeira vez em pelo menos 17 anos, aponta a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 12 meses até outubro, a entidade calcula que os preços dos bens e serviços mais consumidos nesta época do ano acumulam queda de 1,1% - ante alta de 9,8% no ano fechado de 2016 e de 10,4% em 2015. O levantamento da CNC, que começou em 2001, leva em consideração uma cesta composta por 214 itens e tem como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE.
O varejo brasileiro poderá registrar variação negativa de preços (deflação) neste Natal pela primeira vez em pelo menos 17 anos, aponta a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 12 meses até outubro, a entidade calcula que os preços dos bens e serviços mais consumidos nesta época do ano acumulam queda de 1,1% - ante alta de 9,8% no ano fechado de 2016 e de 10,4% em 2015. O levantamento da CNC, que começou em 2001, leva em consideração uma cesta composta por 214 itens e tem como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE.
As maiores quedas nos preços são registradas para celulares (-9,1%), equipamentos de televisão, som e informática (-7,7%), e alimentos para consumo no domicílio (-5,4%). Por outro lado, devem ficar mais caros que no ano passado passagens aéreas ( 17,9%), bilhetes de ônibus intermunicipais ( 7,2%) e tênis ( 6,9%). Com a cesta total mais barata, a CNC revisou a projeção de crescimento das vendas no Natal de 4,3% para 4,8% em 2017.
"Além da inflação baixa, a redução na taxa de juros e a contínua melhora do mercado de trabalho contribuíram para a percepção mais positiva quanto às vendas no final do ano", disse Fabio Bentes, chefe da divisão econômica da confederação.
A entidade espera que o varejo natalino movimente R$ 34,7 bilhões neste ano. Os segmentos de supermercados (R$ 11,6 bilhões), vestuário (R$ 9 bilhões) e artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5 bilhões) devem responder por dois terços das vendas, mas o maior aumento deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com avanço esperado de 17,4% no volume vendido, ante 2016.
A melhora na expectativa de vendas deve levar ainda a uma maior demanda por trabalhadores temporários. A confederação também revisou de 73,1 mil para 73,8 mil a previsão de contratação de trabalhadores formais para o Natal deste ano. Os setores com mais geração de vagas devem ser vestuário e calçados (48,4 mil vagas), supermercados (10,3 mil) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (8 mil).
O salário médio de admissão deve alcançar R$ 1.188,00, alta de 7% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário deverá ser pago pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.443,00), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.389,00). Contudo, esses segmentos deverão responder por apenas 2,1% das vagas totais criadas.
A CNC estima que 30% dos trabalhadores contratados de forma temporária sejam efetivados após o Natal de 2017.
"Diante da perspectiva de retomada lenta e gradual da atividade econômica e do consumo no início de 2018, bem como dos impactos positivos sobre o emprego, decorrentes da reforma trabalhista, a taxa de absorção dos trabalhadores temporários deverá crescer. Nos últimos dois anos, esse percentual não passou dos 15%", disse Bentes.

Atividade do comércio cresce 0,8% em outubro

O índice da Serasa Experian que mede a atividade do comércio brasileiro registrou crescimento de 0,8% em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação ao 10º mês de 2016, o incremento foi de 6,5%. No ano, até outubro, a alta acumulada é de 0,3%.
A comemoração ao Dia das Crianças no período foi um dos fatores que deram impulso para o movimento varejista, conforme os economistas da Serasa Experian. Além disso, os especialistas citam o avanço do crédito, a queda da inflação e a recuperação da renda real e do emprego que ajudaram a impulsionar a atividade varejista no mês passado.
O crescimento da atividade varejista em outubro foi impulsionado pelo avanço de 6,4% do segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática (4,1%). Já as demais categorias do comércio apresentaram declínio: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-2,3%), combustíveis e lubrificantes (-4,2%), veículos, motos e peças (-1,9%), tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,8%), material de construção (-1,8%).
No acumulado de 2017, somente as vendas de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas registraram incremento (0,4%). O setor de material de construção foi o que mostrou a maior retração, de 14,8%, nessa base de comparação.
Na sequência, aparecem os segmentos de móveis, eletroeletrônicos e informática, com declínio de 10,3%, e o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com baixa de 11,7%.