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Comércio exterior

- Publicada em 05 de Novembro de 2017 às 17:55

'Embargo da Rússia à carne é normal', diz Maggi

Ministro descarta ligação do aumento de controle com a Operação Carne Fraca

Ministro descarta ligação do aumento de controle com a Operação Carne Fraca


/MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirmou que a suspensão temporária das importações de carne bovina do frigorífico Mataboi, de Goiás, anunciada pela Rússia, é uma medida normal. O ministro disse que, até o momento, as informações que detém são somente aquelas repercutidas pela mídia e que a medida é "coisa do dia a dia". 
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, afirmou que a suspensão temporária das importações de carne bovina do frigorífico Mataboi, de Goiás, anunciada pela Rússia, é uma medida normal. O ministro disse que, até o momento, as informações que detém são somente aquelas repercutidas pela mídia e que a medida é "coisa do dia a dia". 
Segundo Maggi, o aumento de controle de qualidade pela Rússia não tem ligação com a Operação Carne Fraca. Ele disse que a pasta ainda não recebeu um comunicado oficial. "Tudo que eu sei é pela imprensa. É absolutamente normal acontecer esse tipo de evento, com suspensão temporária ou, às vezes, mais prolongada, quando o importador detecta uma inconformidade", disse o ministro, em áudio distribuído à imprensa.
O Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Veterinária da Rússia anunciou, na sexta-feira passada, a suspensão temporária das importações e disse que a carne estava fora do padrão sanitário do controle adotado por aquele país. "Vamos fazer a checagem, vamos comunicar aos frigoríficos que foram citados e eles deverão tomar as medidas cabíveis para fazer a correção", disseram as autoridades russas, que impuseram ainda controles mais rígidos a outros cinco frigoríficos brasileiros.
A medida adotada pelas autoridades russas ao Mataboi passará a valer a partir do dia 15 deste mês. Para os produtos embarcados antes dessa data, serão feitas inspeções adicionais. A decisão vale também para gordura e miúdos bovinos produzidos pelo frigorífico. As autoridades russas não informaram até quando a suspensão das compras estará em vigor.
Além da suspensão, outros cinco frigoríficos brasileiros serão alvo de restrições. As vendas de carne bovina de JBS, Frigo Estrela, Frigol e Frigon - Irmãos Gonçalves passarão por controles mais rígidos. Já no caso do frigorífico Aurora, as restrições serão na exportação da carne de porco.
De acordo com o despacho publicado no site da agência russa, essas novas restrições estão em vigor desde o dia 30 de outubro. Procurados, Frigo Estrela, Frigol, Aurora e Frigon - Irmãos Gonçalves não foram encontrados para comentar a decisão das autoridades russas. JBS decidiu não comentar.
Por meio de sua assessoria, o frigorífico Mataboi afirmou que ainda não tem detalhes da decisão do governo russo. A empresa ressaltou que vai verificar o que ocorreu para regularizar a situação. A medida atingiu a planta do frigorífico em Santa Fé, Goiás. A outra unidade da companhia, a de Araguari, em Minas Gerais, não sofreu restrições. A empresa ressaltou que não haverá alteração na produção e compra de bois, pois direcionará suas vendas, nesse período, para outros mercados. O frigorífico ainda destacou que esses procedimentos são comuns no mercado de carnes.
No mês passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reprovou a compra do frigorífico Mataboi pela JBJ, empresa de José Batista Júnior, irmão mais velho de Joesley e Wesley Batista. A compra foi anunciada em 2014, quando o Mataboi estava em recuperação judicial.
Todos os conselheiros seguiram o relator do processo que, em seu voto, considerou que o parentesco do dono da empresa, conhecido como Júnior Friboi, e os controladores da JBS poderia criar riscos concorrenciais. As empresas terão 30 dias para separar seus negócios, mas o presidente do Mataboi, José Augusto Carvalho, disse na ocasião que iria recorrer à Justiça.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) contestou a rejeição da China à exportação de frigoríficos brasileiros de carne bovina e disse que "não há irregularidades nestas empresas, já que foram feitas correções pela maioria delas nos pedidos apresentados ao governo chinês ainda em 2016".
Na quarta-feira, 1, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou que o governo chinês rejeitou o pedido de autorização em um total de 26 plantas frigoríficas brasileiras, incluindo unidades de aves, para exportar carnes àquele país.
O veto ocorreu juntamente com o anúncio de que outras 22 unidades serão autorizadas a vender seus produtos ao país asiático.
"O que ocorreu com os frigoríficos de bovinos rejeitados foi que muitos deles apresentaram documentação também para a exportação de miúdos e carne com osso, produtos que não constam do protocolo bilateral assinando entre o Brasil e a China", disse, em nota, o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar.
Segundo ele, este fato foi constatado no ano passado e a documentação foi corrigida pela maioria das empresas. "Imaginamos que os chineses fizeram sua avaliação com base apenas na primeira listagem, sem as correções", disse.
A entidade afirma que vai encaminhar ao ministério um pedido para que examine esta situação já que "não há motivos para o veto, se a análise for realizada com base na segunda listagem enviada pelo Brasil ao governo chinês".

Abrafrigo contesta rejeição da China à exportação de frigoríficos brasileiros

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) contestou a rejeição da China à exportação de frigoríficos brasileiros de carne bovina e disse que "não há irregularidades nestas empresas, já que foram feitas correções pela maioria delas nos pedidos apresentados ao governo chinês ainda em 2016".
Na quarta-feira, 1, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou que o governo chinês rejeitou o pedido de autorização em um total de 26 plantas frigoríficas brasileiras, incluindo unidades de aves, para exportar carnes àquele país.
O veto ocorreu juntamente com o anúncio de que outras 22 unidades serão autorizadas a vender seus produtos ao país asiático.
"O que ocorreu com os frigoríficos de bovinos rejeitados foi que muitos deles apresentaram documentação também para a exportação de miúdos e carne com osso, produtos que não constam do protocolo bilateral assinando entre o Brasil e a China", disse, em nota, o presidente executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar.
Segundo ele, este fato foi constatado no ano passado e a documentação foi corrigida pela maioria das empresas. "Imaginamos que os chineses fizeram sua avaliação com base apenas na primeira listagem, sem as correções", disse.
A entidade afirma que vai encaminhar ao ministério um pedido para que examine esta situação já que "não há motivos para o veto, se a análise for realizada com base na segunda listagem enviada pelo Brasil ao governo chinês".