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Cultura

- Publicada em 23 de Novembro de 2017 às 08:22

Gustavo Telles e Os Escolhidos apresentam novo disco em show no Ocidente

Grupo aposta na simplicidade em disco descrito como 'cru, pungente e forte'

Grupo aposta na simplicidade em disco descrito como 'cru, pungente e forte'


RODRIGO MARRONI/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
"Eu enlouqueci de vez, eu tinha um trio instrumental..." Foi mais ou menos isso que o compositor e instrumentista Gustavo Telles pensou quando percebeu que estava fazendo um show com 25 músicos, em 2014. "No primeiro disco, foram 12. No segundo, 15", conta ele, antecipando que agora está em uma fase minimalista. Já lançado em plataformas digitais, o terceiro registro solo do artista, intitulado apenas Gustavo Telles & Os Escolhidos, contou com uma banda de apoio composta por mais quatro artistas.
"Eu enlouqueci de vez, eu tinha um trio instrumental..." Foi mais ou menos isso que o compositor e instrumentista Gustavo Telles pensou quando percebeu que estava fazendo um show com 25 músicos, em 2014. "No primeiro disco, foram 12. No segundo, 15", conta ele, antecipando que agora está em uma fase minimalista. Já lançado em plataformas digitais, o terceiro registro solo do artista, intitulado apenas Gustavo Telles & Os Escolhidos, contou com uma banda de apoio composta por mais quatro artistas.
Ex-baterista da Pata de Elefante, Telles sobe ao palco do Ocidente (Osvaldo Aranha, 960) ao lado dos colegas para interpretar ao vivo as 11 canções do álbum, além de destaques dos trabalhos anteriores. O espetáculo está marcado para as 23h, com abertura das portas duas horas antes e ingressos a R$ 30,00.
Pode-se dizer que o disco inaugura uma nova fase na carreira do artista - cujo currículo inclui ainda Ao vivo no Theatro São Pedro, também de 2017. Pela primeira vez, tudo foi planejado. Em Eu perdi o medo de errar (2013) e Do seu amor, primeiro é você quem precisa (2010), Gustavo Telles reunia canções em voz e violão e chamava seu - enorme - grupo de amigos músicos para contribuir nas faixas. "Às vezes, eu dava um direcionamento, mas tem muito da colaboração espontânea de cada um ali", lembra ele, ressaltando que a formação d'Os Escolhidos não era fixa. No projeto mais recente, houve um processo coletivo de criação das músicas ao longo de dois anos - e os músicos que participaram das gravações assinam como coautores.
O time principal de instrumentistas é composto por Daniel Mossmann (seu ex-colega de Pata de Elefante), na guitarra; Murilo Moura, nos teclados; Felipe Kautz (Dingo Bells), no baixo; e Alexandre "Papel" Loureiro, em baterias divididas com Telles. Só o último deles não deve se apresentar hoje - o líder da iniciativa se encarrega da voz e das baquetas.
O registro mostra uma continuação do universo sonoro explorado pelo compositor, que, desde sua estreia solo, vem colocando elementos de blues, country e folk em suas canções. Se no trabalho de 2013 o soul também já aparecia com uma referência, o álbum atual dá ainda mais ênfase a esse gênero. "Não há intenção de reinventar nada. Até porque tudo já foi feito, né?", destaca ele a respeito do tom despretensioso do disco. "A ideia é registrar o nosso momento ali [no estúdio]. Meu objetivo é dar vazão a algo em que eu acredito. E acho que nós conseguimos, é um disco cru, pungente e forte."
Engana-se quem acreditar que as referências do artista são apenas de origem norte-americana. Gustavo Telles afirma ter uma ligação firme com a palavra - dando atenção especial às letras, nas quais ele vê influencias da música brasileira. "Elas têm mais a ver com samba do que com qualquer outra coisa. Eu mergulhei na obra do Cartola, Vinicius de Moraes, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola. E o samba é muito próximo do blues: fala da perda, das desilusões e tem uma coisa de sabedoria, superação", destaca ele. A variedade de temas abordados no álbum engloba até o temporal que causou estragos em Porto Alegre no dia 29 de janeiro de 2016.
A versão de estúdio ainda inclui contribuições especiais da cantora gaúcha Marina Garcia e do trio Dingo Bells nas vozes de apoio. Para o show de estreia, no entanto, o plano é não repetir a escalação dos amigos. "É importante que soe bem como quarteto. Queríamos fazer um disco que pudéssemos executar facilmente ao vivo", aponta ele, lembrando do seu próprio retrospecto: "Sempre rolaram várias participações. Agora, estamos fazendo o contrário. Acho legal se dar o direito de experimentar, e isso também tem a ver com essa ideia despretensiosa do projeto".
Para o futuro, Gustavo Telles planeja mostrar seu trabalho para o maior número de pessoas possível - mas dificilmente fará o espetáculo com este mesmo formato de repertório outra vez. Um lançamento em vinil também está no cronograma, assim como a gravação de um videoclipe.
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