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Responsabilidade Social

- Publicada em 28 de Novembro de 2017 às 13:19

Luta contra o feminicídio

Ato marcou
o início dos 
'16 dias de 
ativismo'

Ato marcou o início dos '16 dias de ativismo'


/fotos FREDY VIEIRA/JC
No dia 25 de novembro, o parque Farroupilha foi centro da luta contra o feminicídio. O evento Nas ruas pelo fim da violência contra a mulher foi organizado pelo Movimento de Mulheres Olga Benário e pela Ocupação Mulheres Mirabal. O ato cultural contou com a presença do bloco feminino/feminista Não mexe comigo que eu não ando só e do pocket show com Juçara Gaspar (interpretando Frida Khalo), entre outras atrações culturais. O evento integra a campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres". No mês de novembro, além do evento Nas ruas pelo fim da violência contra a mulher, outras 13 atividades foram realizadas em prol da causa.
No dia 25 de novembro, o parque Farroupilha foi centro da luta contra o feminicídio. O evento Nas ruas pelo fim da violência contra a mulher foi organizado pelo Movimento de Mulheres Olga Benário e pela Ocupação Mulheres Mirabal. O ato cultural contou com a presença do bloco feminino/feminista Não mexe comigo que eu não ando só e do pocket show com Juçara Gaspar (interpretando Frida Khalo), entre outras atrações culturais. O evento integra a campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres". No mês de novembro, além do evento Nas ruas pelo fim da violência contra a mulher, outras 13 atividades foram realizadas em prol da causa.
A campanha "16 dias de ativismo" é uma mobilização anual, praticada, principalmente, pela sociedade civil em parceria com o poder público. Mundialmente, tem início em 25 de novembro - Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher - e se estende até 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos -, passando pelo dia 6 de dezembro - Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
No Brasil, a campanha teve início no ano de 2003, com o objetivo de alertar sobre a discriminação vivida pelas mulheres negras, o que leva as atividades aqui a começarem em 20 de novembro - Dia da Consciência Negra -, com término em 15 de dezembro. No Rio Grande do Sul, além de focar na violência contra as mulheres, a mobilização busca denunciar o que as organizadoras consideram ser a falta de políticas públicas voltadas para as mulheres em Porto Alegre.
A mobilização está sendo organizada por 14 grupos que unificaram sua agenda, ou seja, independentemente de qual grupo se responsabilize pela ação, todos irão participar. Segundo Leina Peres, coordenadora do Coletivo Feminino Plural - um dos pioneiros da realização de mobilizações feministas em Porto Alegre -, a unificação da agenda fortalece os movimentos feministas. "Quando conseguimos reunir as organizações de mulheres da cidade, a pauta ganha destaque. Precisamos garantir a política de enfrentamento contra a violência das mulheres", destaca.
A agenda unificada contempla os mais diversos temas relacionados à violência contra a mulher, tendo em vista que os grupos contam com demandas centrais diferentes. Isso, segundo Leina, viabiliza a discussão entre os próprios grupos sobre o ativismo feminino nos dias de hoje. À frente do coletivo desde 2014, ela considera que a violência contra a mulher é resultado de uma sociedade que naturalizou o machismo.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, de janeiro a setembro de 2017, em Porto Alegre, 2.639 mulheres registraram lesão corporal, 172 foram estupradas e 69 enfrentaram tentativa de feminicídio, sete deles consumados. A ativista considera que a sociedade civil, em geral, precisa se unir para que os dados de feminicídio diminuam. "É necessário que todos se comprometam com o fim da violência contra as mulheres, e isso exige uma transformação cultural e o comprometimento de todas as pessoas", alerta. Além disso, Leina destaca a necessidade da realização de ações preventivas que informem as mulheres sobre os seus direitos.
Todo esse movimento começou em 1991, ano que marcou o início dos "16 dias de ativismo", quando o Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL) deu largada à ação. O objetivo central foi promover o debate e denunciar as diversas forças de violência contra as mulheres no mundo. No mês de dezembro, ocorrerão mais quatro ações da mobilização. Mais informações sobre a campanha gaúcha no blog paremdenosmatarportoalegre.blogspot.com.br.

Agenda de ações do mês de dezembro

  • 6/12 - Reunião pública de Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, no Calçadão de Canoas (rua Tiradentes) Debate sobre os serviços de atendimento a agressores, às 14h30min.
  • 7/12 - Atividade da Rede Feminista de Saúde do Rio Grande do Sul e do Observatório de Violência Obstétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), na Escola de Enfermagem da Ufrgs (rua São Manoel, 963, em Porto Alegre), às 16h.
  • 8/12 - Reunião de reconhecimento da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres de Porto Alegre - Comdim e FMM na Casa dos Conselhos (avenida João Pessoa, 1.110, em Porto Alegre), das 14h às 17h.
  • 15/12 - Política de humanização no atendimento e no acolhimento na rede de saúde, relacionado ao HIV/Aids, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do RS (praça Mal. Deodoro, 101, em Porto Alegre).