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Empresas & Negócios

- Publicada em 13 de Novembro de 2017 às 13:28

Amazon acirra disputa digital

Entrada do player norte-americano no Brasil movimenta o e-commerce

Entrada do player norte-americano no Brasil movimenta o e-commerce


/FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
Depois de reforçar as linhas de produtos nos mostruários virtuais e aumentar o número de parceiros em seus marketplaces (áreas destinadas à oferta de produtos de terceiros), as grandes varejistas do País agora investem pesado em logística e tecnologia para fazer frente à chegada da gigante norte-americana Amazon, que, em outubro, passou a vender eletroeletrônicos no Brasil.
Depois de reforçar as linhas de produtos nos mostruários virtuais e aumentar o número de parceiros em seus marketplaces (áreas destinadas à oferta de produtos de terceiros), as grandes varejistas do País agora investem pesado em logística e tecnologia para fazer frente à chegada da gigante norte-americana Amazon, que, em outubro, passou a vender eletroeletrônicos no Brasil.
O Magazine Luiza, por exemplo, anunciou que vai investir mais de R$ 1,1 bilhão nessas duas áreas, em um processo tratado internamente de "transformação digital". Os recursos são parte da captação com a emissão de ações realizada pela empresa em setembro, na qual levantou R$ 1,5 bilhão. Frederico Trajano, presidente da rede, diz que o e-commerce, que já representa 30% das vendas, é fundamental à estratégia de buscar margens maiores. "Com o avanço das vendas e a recuperação do mercado, temos o poder de diluir consideravelmente as nossas despesas e aumentar os ganhos."
No Mercado Livre, que atua basicamente como marketplace, os investimentos em logística também são crescentes. Stelleo Tolda, diretor operacional do site, conta que a empresa acaba de lançar um serviço que inclui armazenamento, embalagem, gestão de entrega e pós-venda de produtos das varejistas que atuam em sua plataforma. O objetivo, diz, é diminuir em um dia o tempo de entrega. "Para São Paulo, conseguiremos entregar os produtos no mesmo dia. E, para outras localidades do País, em até 24 horas."
Essa nova logística será realizada a partir do centro de distribuição da empresa, localizado em Louveira, no interior paulista. O Mercado Livre abriga cerca de 372 mil lojas virtuais. Se consideradas as pessoas físicas que vendem produtos na plataforma, o total chega a 9 milhões. "Lançamos o serviço há dois meses e já gerenciamos 5% das vendas na plataforma. A logística será oferecida principalmente para produtos de alto giro", diz Tolda.
A Via Varejo, braço do Grupo Pão de Açúcar que reúne as redes Ponto Frio e Casas Bahia, informou, no seu balanço no final de outubro, que continuará investindo para tornar-se um one-stop-shop (balcão único) dos seus parceiros até o final de 2018. "Através de nosso modelo de oferecer múltiplos produtos no marketplace, iremos oferecer aos sellers nossos canais de vendas on-line (site e aplicativo), nossas lojas físicas (aproximadamente mil em todo o Brasil), nossos serviços financeiros (benchmark tanto em crédito ao consumo, quanto na venda de seguros e serviços) e nossa malha logística que conta com 26 centros de distribuição com 80% das vendas entregues em até 3,2 dias", informou a companhia.
De acordo com o consultor de varejo e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Juedir Teixeira, o fato de o segmento de marketplace ter crescido muito no País nos últimos anos tornou o mercado brasileiro atraente às gigantes mundiais, como a Amazon. E, para as empresas locais competirem, é fundamental que reforcem suas bases tecnológica e logística.
"É o que confere o sucesso para o negócio no Brasil. O marketplace se estrutura em dois pilares: tecnologia e logística eficientes. Com a entrada de um competidor do tamanho da Amazon, a tendência é as empresas se estruturarem ainda mais. Nos mercados em que a Amazon se instala, em pouco tempo, abocanha parte das vendas em marketplace", afirma Teixeira. Para exemplificar a dimensão do poder da Amazon no e-commerce, Teixeira cita alguns números. Em 2016, a Amazon faturou US$ 110 bilhões e ficou em 10º lugar no ranking dos maiores varejistas do mundo.
 
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