Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Leitura

- Publicada em 08 de Novembro de 2017 às 17:00

Dicas de livros para quem quer empreender


/REPRODUÇÃO/JC
Em 2005, o engenheiro de alimentos, jornalista, mestre e doutor em Ciência Política pela PUC-SP Facundo Guerra resolveu declarar independência e iniciar a construção de uma série de projetos bem-sucedidos na noite paulistana, entre bares, casas noturnas e restaurantes. É de modo altamente informal que ele conta a experiência no livro Empreendedorismo para subversivos, lançado recentemente pela Editora Planeta.
Em 2005, o engenheiro de alimentos, jornalista, mestre e doutor em Ciência Política pela PUC-SP Facundo Guerra resolveu declarar independência e iniciar a construção de uma série de projetos bem-sucedidos na noite paulistana, entre bares, casas noturnas e restaurantes. É de modo altamente informal que ele conta a experiência no livro Empreendedorismo para subversivos, lançado recentemente pela Editora Planeta.
Ainda que não escape de alguns clichês de obras do gênero - como começar dando "más notícias" de que os negócios têm muito mais chances de falhar do que o contrário, e que todos devem pensar muito bem a respeito antes de seguir esse caminho -, Guerra nada contra a corrente em diversos momentos. Diz que o verdadeiro empreendedor deve seguir sua intuição.
Em determinamo trecho do livro, debocha sobre o uso da clássica frase de Confúcio sobre amor ao trabalho: "Devem ter traduzido mal o chinês, porque a lua de mel com sua paixão acabará mais rápido do que casamento sacramentado em cartório de Las Vegas". Não poupa sequer os 4 P's do guru do marketing Philip Kotler (Preço, Praça, Produto e Promoção), dizendo serem estas "palavras inúteis" e criando os próprios 3 Ps: Propósito, Política e Problema - colocando o primeiro deles como a aconselhável base de qualquer novo negócio.
Empreendedorismo para Subversivos: um guia para abrir seu negócio no pós-capitalismo; Facundo Guerra; Planeta Estratégia; 239 páginas; R$ 41,90; disponível em versão digital.

Projetos

Fundador e diretor de equipe da Shoot the Shit, estúdio criativo focado em projetos de impacto social, Luciano Braga aposta que todos têm tempo livre, por mais que digam o contrário - e que deveriam usá-lo não para descansar, mas para encontrar seu propósito e empreender.
"Não importa que tipo de insatisfação incomode você, é bem possível que um projeto paralelo possa ajudar. Não é apenas sobre abrir uma empresa. É sobre fazer algo que traga para a sua vida algum benefício", escreve ele, citando exemplos como o Bubble Project (colagem de balões de fala em cima dos anúncios de Nova Iorque esperando que as pessoas interagissem) e o Creative Mornings (série de palestras no café da manhã que existe em 150 cidades ao redor do mundo).
Braga defende que, para arranjar tempo, as pessoas devem ver no máximo uma série por vez, cortar feeds de blogs pela metade e depois de novo, e deletar redes sociais e todos os jogos do celular. Com o tempo "ganho", é preciso focar em algo que dê prazer, mas que, ao contrário de um hobby, tenha um produto, um objetivo, um resultado esperado, prossegue o autor.
Esse mesmo projeto, diz Braga, aumentará habilidades, expandirá a zona de conforto, gerará conhecimento pessoal, aumentará a criatividade e poderá virar o emprego dos sonhos.
O poder do tempo livre: descubra seu potencial, crie projetos paralelos e torne sua vida mais incrível; Luciano Braga; Editora Belas Letras; 112 páginas; R$ 34,90.

Carreira

O jovem artista e escritor norte-americano Austin Kleon aponta 10 passos para ser mais conhecido no meio profissional usando mídias digitais e a internet em Mostre seu trabalho!. No entanto, defende ele, de autopromoção isso não tem nada.
Muito mais eficiente do que mandar um currículo, argumenta o autor, é criar um blog que abriga o portfólio de realizações profissionais, artigos próprios e de interesse, fotos e vídeos, porque esse tipo de material ratifica gostos, perfis e linhas de pensamento. Para Kleon, primeiro passo para isso é entender que não é preciso ser um gênio para ser criativo: para criar, é preciso compartilhar, fazer com que parte do processo de criação seja conhecido por todos e que ele esteja aberto a críticas.
A obra descreve caminhos para ter sucesso nessa empreitada - geralmente, envolvendo marketing de conteúdo -, como usar postagens que contem boas histórias e atraiam audiência, colaboração e engajamento.
Outros pontos destacados são periodicidade fixa para fidelização do público, filtro básico de comentários e atenção à volta para oportunidades de criação de novos projetos. Não são conceitos inéditos, ainda que a abordagem focada no desenvolvimento individual da carreira seja mais original e que a forma como o conteúdo é exposto facilite a leitura.
Austin Kleon escreve sobre criatividade e arte on-line para organizações como SXSW, TEDx e The Economist. É autor de Roube como um artista, também publicado pela Rocco no Brasil.
Mostre seu trabalho!, de Austin Kleon, Editora Rocco, 224 páginas; R$ 29,90, disponível em versão digital